Escuderia Castelo Branco reúne em livro 55 anos de histórias
O livro Escuderia 55 anos - Apontamentos foi apresentado, dia 4
de julho, pelas 21H30, no centro da cidade albicastrense, no
decorrer do Rali de Castelo Branco organizado pela Escuderia
Castelo Branco.
A obra, da autoria do jornalista João Carrega, apresenta alguns
dos apontamentos mais importantes da história da Escuderia Castelo
Branco, que no último mês de maio assinalou 56 anos de
existência.
Este trabalho teve a coordenação de António Sequeira, Nuno Almeida
Santos e João Carrega, e surge publicada com a chancela da editora
RVJ Editores, apresentando o prefácio de Eduardo Marçal Grilo e o
prólogo do antigo campeão nacional de ralis, Manuel Rolo.
António Sequeira, presidente da Escuderia, diz que este é "um
sonho realizado, difícil de fazer. Desde 2014 que o tinha, com os
diretores que me acompanharam. Esta é uma obra onde estão os
registos de todos nós (…) daqueles que prova após prova, semana
após semana, estão sempre disponíveis para, de forma graciosa,
colaborarem com a Escuderia. E não poderia deixar de agradecer a
todos os que ao longo de 55 anos trabalharam para termos aqui
chegado".
Aquele responsável lembrou que "esta obra, depois de ser pensada e
discutida, foi difícil de entender por alguns. Mas há cerca de um
ano e meio encontrámos a equipa certa, da RVJ Editores, liderada
pelo João Carrega e composta por Carine Pires, André Antunes e
Francisco Manuel Carrega, que com a Cátia Gomes, da Escuderia,
conseguiu colocá-la no papel. Mas dificilmente estaria aqui, se não
tivesse tido o apoio de um sócio fundador, Eduardo Marçal
Grilo".
De resto, o sócio fundador e antigo ministro da Educação, esteve
presente na cerimónia através de videoconferência, destacou "o
trabalho fantástico de António Sequeira e de Nuno Almeida Santos, e
o trabalho meticuloso e rigoroso, de grande qualidade, de João
Carrega, O livro encantou-me, é um livro de memórias, de homenagem
e de histórias. É quase uma fotobiografia da Escuderia, desde a
ideia dos fundadores até hoje, que conta através de imagens muito
bem escolhidas e legendas muito rigorosas, a história de como um
clube formado por um grupo de amigos se transformou numa
instituição que prestigia a Escuderia, Castelo Branco e o desporto
automóvel em Portugal".
Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, destacou
precisamente a dimensão que a Escuderia atingiu e aquilo que o
clube significa para a cidade e para a região. "Este livro mostra
muito da história da Escuderia, mas também de Castelo Branco.
Concretizar esta obra não foi fácil, pois é uma história cheia de
iniciativas e concretizações".
O autarca aproveitou o momento para a anunciar que o kartódromo
está pronto e vai ser inaugurado, "numa infraestrutura que a cidade
vai ter ao dispor da Escuderia para o dinamizar. O clube terá ainda
uma responsabilidade acrescida na dinamização económica e do
turismo de Castelo Branco. É assim que gostamos de fazer o
desenvolvimento de Castelo Branco, com parcerias e com as
instituições. Contamos com a Escuderia".
Também Nuno Almeida Santos, presidente da Assembleia Geral do
clube, se mostrou satisfeito com um livro que "não pretende ser uma
enciclopédia, ou um compêndio de desporto motorizado e muito
menos um tratado de história, mas sim um livro que pretende gravar
de forma indelével a vida de 55 anos de um clube de que tantos
gostamos, com o registo que fizemos e de quem nos ajudou a fazer.
Tudo o que está escrito neste livro, efetivamente aconteceu".
João Carrega, autor da obra, recorda que "escrever este livro foi
um dos desafios mais exigentes que vivenciei. As centenas de horas
aplicadas na análise de documentos, na escrita e na edição desta
obra valeram a pena. Muitas outras estórias da Escuderia Castelo
Branco ficaram por contar. Esta é uma história inacabada, que
espelha o pulsar da coletividade ao longo da sua vida, mas também
da cidade albicastrense que muito antes do aparecimento da
Escuderia começou uma tradição no automobilismo, com a realização
da Corrida da Rampa, em 1928".
Aquele responsável lembraria que "o livro não pretende apresentar,
de forma exaustiva, a história desta importante coletividade
albicastrense, que anualmente tem um impacto na economia regional
significativo, de vários milhões de euros. Pretendemos, isso sim,
valorizar apontamentos dessa mesma história, dando voz aos
fundadores com quem foi possível falar, aos presidentes da
coletividade a quem solicitámos breves testemunhos por escrito, mas
também aos dirigentes que, em determinado momento, se destacaram
neste percurso de 55 anos".
Carlos Tomaz, antigo presidente da Escuderia Castelo Branco, e
consultor desta obra, reforçou muitas das ideias deixadas por
António Sequeira, Eduardo Marçal Grilo, Nuno Almeida Santos e João
Carrega, mas salientou sobretudo o que é ser-se Escuderia,
recordando uma das muitas histórias que viveu no clube, para onde
entrou aos 14 anos.
COMO É O LIVRO
O livro, propriedade da Escuderia Castelo Branco, tem acabamentos
de luxo, é editado com capas duras e o interior impresso é a
cores.
São 680 páginas recheadas com «estórias» da história de um dos
mais emblemáticos clubes portugueses na área do desporto
motorizado, o qual é também uma referência nacional e
internacional.
Apresenta testemunhos e entrevistas de alguns dos sócios
fundadores, como Eduardo Marçal Grilo (ex-ministro da Educação),
Luís Marçal Grilo, José Morgado Duarte, Joaquim Pio, Humberto
Salavessa, Manuel Tavares, Porfírio Lima ou Jorge Sequeira
Ribeiro.
O livro mostra, década a década o pulsar da instituição, que
anualmente tem um impacto, pelas provas que realiza, de milhões de
euros na economia.
O livro contou com a colaboração Carlos Tomaz (consultor),
Francisco Carrega (arquivo), Cátia Gomes, Miguel Ramos,
António Silveira e Belarmina Filipe, bem como da equipa da RVJ
Editores, nomeadamente de Carine Pires, responsável pelo design e
paginação, André Antunes e Francisco Manuel Carrega.
Este trabalho envolveu ainda muitos colaboradores da Escuderia
Castelo Branco que participaram na logística, seleção e recolha de
imagens, casos de Sandra Ribeiro, Miguel Ramos, Daniela Simões,
Duarte Rocha, Afonso Rocha, Bruno Vilela, Élvio António, Francisco
Grilo, Carlos Louro, Carlos Geraldes Gomes, Rui Esteves, Nelson
Matos, Célia Reis, Lina Gonçalves e Nelson Correia.
Para a sua concretização, foi aberta a colaboração aos sócios,
pilotos e seus familiares, que cederam e identificaram diferentes
fotografias.