Falta exigência aos alunos
Os portugueses não são exigentes,
os pais não exigem das escolas nem dos filhos e os estudantes não
exigem de si próprios nem dos estabelecimentos de ensino, defendeu
o ex-ministro Eduardo Marçal Grilo.
O ex-ministro da Educação, que
falava no seminário "Participação dos Pais na Escola", que
decorreu, no passado dia 10, no Conselho Nacional de Educação
(CNE), em Lisboa, afirmou que o povo português "protesta, mas não é
verdadeiramente exigente nos locais próprios".
"Os pais não são exigentes em
relação aos filhos, os pais e filhos não são exigentes em relação à
escola e não há exigência dos estudantes em relação a si próprios",
disse o atual administrador da Fundação Calouste Gulbenkian.
Marçal Grilo, como outros
especialistas que participam no seminário, salientou a importância
e necessidade de envolver os pais na vida da escola e dos
alunos.
Apesar de reconhecer "a vida
infernal de muitos pais", Marçal Grilo não deixou de referir que
"há muitos que não têm problemas de horários e não estão
disponíveis" e, neste contexto, a escola "tem um papel importante
na mobilização dos pais".
E, quando existem problemas, o
diálogo continuado entre pais e professores é fundamental para
enfrentar as situações, apontou.
Para o ex-ministro, "os exemplos
têm de vir de cima e pais e professores devem ser referência" para
os mais jovens.
"Os professores têm de assumir-se como referência" para os
alunos, disse ainda o especialista.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Expresso