Carros movidos a hidrogénio
Futuro presente em Aveiro
Chama-se nanocomposito de
grafeno-zeolite com níquel e é um material desenvolvido pela
primeira vez no Centro de Tecnologia Mecânica e Automação do
Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro (UA).
É com este novo composto que um grupo de investigadores quer
revolucionar o mundo dos transportes, extinguindo a necessidade do
consumo de petróleo ao substitui-lo por hidrogénio.
Se até hoje nenhum material provou
ser suficientemente seguro, leve e barato para poder armazenar
hidrogénio nos veículos, tornando esta fonte de energia limpa e
inesgotável acessível a todos os condutores, o nanocomposito de
grafeno-zeolite com níquel tem passado com distinção essas
barreiras.
"O armazenamento de hidrogénio a
bordo de um veículo tem encontrado enormes obstáculos devido ao
volume que o depósito tem de possuir para, de uma forma segura,
pois o hidrogénio é altamente explosivo, dar ao motor uma boa
autonomia», explica a investigadora Elby Titus, do Departamento de
Mecânica e coordenadora da investigação.
O recém descoberto material,
desenvolvido pela equipa de Elby Titus, permite um maior
armazenamento de hidrogénio e, por isso, uma performance melhor dos
veículos. «A vantagem deste compósito é que absorve as moléculas de
hidrogénio. Pode por isso ser colocado num reservatório onde, em
contacto com o hidrogénio, o absorve e o integra da sua estrutura
molecular, libertando-o posteriormente conforme as necessidades do
veículo», explica a investigadora.
O projeto, financiado pela Fundação
para a Ciência e a Tecnologia, termina em 2013. Até lá a cientista
espera poder "dar o melhor à Humanidade e à Natureza".