Impacto importante na região
IPCB gere 20 milhões
Em 2012 o Instituto Politécnico de Castelo Branco
teve um orçamento de mais 20 milhões de euros, terminando o ano com
uma execução orçamental positiva de 491 mil e 35 euros. O impacto
que a instituição tem na região é significativo, já que a este
orçamento acrescem os valores indiretos gastos pela comunidade
académica (por exemplo, os 4600 alunos) na região.
Os dados foram apresentados pelo
presidente do IPCB, Carlos Maia, durante a apresentação do
relatório de atividades do ano passado. Por si só o Politécnico de
Castelo Branco representa cerca de 18% da população da cidade.
Apesar dos sucessivos cortes
orçamentais a que a instituição tem sido sujeita por parte do
Orçamento de Estado (de 2010 até hoje a receita do Orçamento de
Estado que lhe foi atribuída reduziu de 18 para 13 milhões de
euros, isto apesar do número de alunos ter aumentado em cerca de
200), o Politécnico continua a figurar como uma das mais bem
geridas do país.
Carlos Maia destaca a gestão
criteriosa da instituição. "Todas as semanas fazemos uma reunião do
Conselho de Gestão, onde tentamos ser o mais rigorosos possível,
sem por em causa o funcionamento da instituição", explica.
O presidente do IPCB adianta que "os
dirigentes do Politécnico estão sensibilizados nesta matéria".
Apesar desse esforço, Carlos Maia refere que a instituição tem
salvaguardado os seus vetores fundamentais, como o são o ensino ou
a investigação.
O esforço do IPCB é ainda mais
destacado pelo facto do "Politécnico albicastrense ter das propinas
mais baratas do ensino superior em Portugal".
A este propósito, Carlos Maia
destaca a política que a instituição tem implementado no sentido de
facilitar o pagamento de propinas aos alunos que estão em
dificuldades ou em incumprimento. "Nós não queremos expulsar nenhum
aluno do IPCB por essas razões. Nunca o fizemos e não o queremos
fazer", justifica, para acrescentar: "temos feito planos flexíveis
de pagamento (10 meses)".
Neste momento haverá cerca de 10%
dos alunos com propinas em atraso, mas Carlos Maia, lembra que essa
percentagem foi maior. "Há um ano e meio as verbas em dívida eram
de 600 mil euros, hoje não chegam aos 200 mil. Tudo temos feito
para solucionar o problema desses alunos, para que eles se
mantenham no Instituto".
Qualidade
assegurada
Com 379 docentes e 230 funcionários,
o Instituto Politécnico de Castelo Branco foi o mais procurado do
interior do país pelos candidatos ao ensino superior (um dos modos
de entrada - há outros como os alunos que frequentaram Cursos de
Especialização Tecnológica [CET's] ou os maiores de 23, por
exemplo).
O presidente do IPCB destacou a
qualidade de ensino ministrada, e a implementação do sistema
interno de garantia de qualidade (95% implementado) e a
certificação do processo formativo.
Carlos Maia referiu ainda que "ao
nível da formação dos professores, o objetivo é que, em 2014, 60%
do corpo docente esteja doutorado".
Já no que respeita a
infraestruturas, Carlos Maia sublinhou a construção do bloco
pedagógico da Escola Superior de Artes Aplicadas. "Uma obra que
finalmente avançou, na qual a Câmara de Castelo Branco assumiu a
componente nacional do investimento, e que, apesar dos atrasos,
deverá estar pronta em novembro. Esperamos que o segundo semestre
do próximo ano letivo já se inicie nas novas instalações",
disse.
Neste capítulo, também o centro de
zoonoses está concluído, devendo a sua inauguração ser feita a
curto prazo.