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Nova reitora em Évora
13.jpgA nova reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, quer dar "início a uma nova era" na sua instituição, particularmente, na questão da internacionalização.
Na tomada de posse, que teve lugar no passado dia 9 de maio, a nova reitora referiu que um dos seus principais desafios é a inserção da Universidade de Évora "na comunidade das instituições de ensino superior e de investigação científica europeias", especialmente, na "internacionalização das equipas de investigação, que só desse modo poderão pretender alcançar os patamares da excelência" e ainda na "internacionalização da formação inicial e avançada", bem como na "captação de estudantes estrangeiros".
No seu discurso, Ana Costa Freitas disse que a Universidade de Évora também terá um desafio para com a região Alentejo. Assim, sublinhou que "é certo que uma Universidade que aspira à internacionalização não se pode confinar no estatuto de instituição regional. Não somos nem seremos regionais. Mas, somos assumidamente regionalistas pelo compromisso que assumimos com o desenvolvimento sociocultural da população do Alentejo, com o desenvolvimento das empresas no seu esforço de inovação e de aumento de competitividade, e com o vasto e riquíssimo património natural e cultural que carateriza o Alentejo".
Para a nova dirigente, a ligação à região Alentejo também deve ser feita na "transferência do conhecimento para as empresas, na resposta aos seus desafios de desenvolvimento tecnológico, na qualificação dos seus funcionários" e, ainda, "nos caminhos da inovação e da internacionalização".
Na sua intervenção, a reitora abordou também a questão da reorganização da rede de ensino superior. No entanto, salientou que se tratava de um desafio para o qual não pretende "avançar um figurino". "Teremos de ser todos a pensar na melhor resposta a dar, que deverá ser para muito breve", disse Ana Costa Freitas.
Outra das suas prioridades para o seu mandato é a especialização. Segundo Ana Costa Freitas, "não existe nenhuma universidade que seja excelente, ou mesmo só boa, em todos os domínios". Assim, afirmou que "no contexto da rede pública e na ótica da reorganização da rede, a Universidade de Évora terá de se evidenciar pela excelência em alguns domínios - os domínios-âncora - aqueles através dos quais seremos conhecidos e reconhecidos". Acrescentou que "a definição de domínios-âncora é difícil, mas é incontornável".
Outro domínio em que a nova reitora pretende apostar é essencialmente na "conquista de novos públicos, em particular na África e na América do Sul". Aqui, Ana Costa Freitas considera que é pertinente a instituição "desenvolver as suas capacidades e competências no ensino assistido pelas tecnologias de informação e comunicação".
Sobre a questão financeira, a nova reitora sublinhou que "os recursos financeiros que o Estado aloca às instituições de ensino superior são escassos" e, portanto, considera que "não se perspetiva que venham a ser muito maiores, no futuro próximo, qualquer que venha a ser a solução governativa que a democracia nos proporcionar". Neste âmbito, disse que "podemos ter a certeza de que estamos entregues a nós mesmos, isto é, à nossa criatividade, à nossa estratégia de crescimento e de afirmação, à capacidade que demonstrarmos de captar outros financiamentos, designadamente os financiamentos europeus".



Noémi Marujo
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
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