Milhares de formigas a passearem sobre uma fotografia para produzirem imagens artísticas únicas e de rara beleza é o que proporciona o Photogrowth: Ant Painting, um projeto de investigação desenvolvido no Laboratório de Visualização e Design Computacional da Universidade de Coimbra (UC) e premiado com o Best Paper Award na EvoMUSART, a maior conferência europeia de música e arte evolucionária, que decorreu em Granada, no final de abril.

Estas formigas pintoras geram aquilo que a comunidade científica denomina de representação não fotorrealista de imagens e, de uma forma simples, o coordenador do estudo, Penousal Machado, explica que o "sistema concebido tem disponível colónias de várias espécies de formigas artificiais prontas a trabalhar. Cada espécie de formiga cria um estilo de imagem próprio. Assim, perante as preferências indicadas pelo utilizador, as espécies de formigas evoluem de forma a satisfazer o desejo artístico manifestado".

Esta ferramenta computacional ainda em fase de protótipo marca "uma nova abordagem de produção visual que abre um mundo de possibilidades de exploração criativa. É uma ferramenta que permite criar imagens únicas, de elevada complexidade, e de estilos próprios", realça o designer e também investigador do projeto, Tiago Martins.