Politécnico

Projeto inovador nasce em Portalegre
Uma academia com muita pedra

joaquim mourato.jpgA Academia da Pedra Natural é uma das mais recentes instituições que pretende criar valor acrescentado a um setor importante. Como o Ensino Magazine divulgou, em primeira mão, na sua última edição, a Academia envolve o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), a Universidade de Évora, o CEVALOR, a VALORPEDRA, que é a entidade gestora do Cluster da Pedra Natural, e a Associação para a Formação Tecnológica no Setor das Rochas Ornamentais e Industriais (ESTER), numa parceria para qualificar recursos humanos e aproximar o conhecimento científico da indústria.
O presidente do IPP, Joaquim Mourato, considera que esta Academia "pode ser extraordinária" para o Alentejo, pois, o "cluster" da Pedra Natural "é diferenciador para a região". Por outro lado, diz, "além de ter um pendor muito importante de exportação", não só mpoderám aimentá-lo, como poderá vir a criar mais emprego, gerar mais riqueza e fixar mais pessoas".
Joaquim Mourato acrescenta que "há muitas atividades que podem vir a ser desenvolvidas e estamos preparados para isso, ate porque esta é uma parceria na área das rochas ornamentais que vai ao encontro de um dos cinco eixos prioritários no Alentejo 2020", com a possibilidade de obter apoios comunitários.
Por sua vez, o diretor geral do do Centro Tecnológico da Pedra Natural de Portugal (CEVALOR), instalado em Borba, no distrito de Évora, citado pela imprensa nacional, referiu que a Academia "não se trata de mais uma associação, mas sim de uma parceria entre instituições para tornar o conhecimento mais próximo daquilo que é a indústria".
O desafio foi lançado "por uma empresa do setor" e a academia vai ter âmbito nacional. Para já, numa primeira fase, vai arrancar na região do Alentejo, centrada nos setores das rochas ornamentais, como mármores, granitos, calcários e xistos.
"Queremos que esta parceria, que é inclusiva, cresça a bom ritmo, incluindo mais instituições, mas, de início, temos a parceria do IPP e da UÉ, que têm provas dadas no setor", afirmou Nelson Cristo.
Segundo os promotores, uma das áreas de intervenção vai ser a formação especializada de recursos humanos para o "cluster" da Pedra Natural, desde o nível técnico-profissional até aos cursos de especialização avançada, nomeadamente mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos.
"Vamos tentar uniformizar de forma complementar toda a oferta formativa existente para o setor", para que esta possa ser "de excelência a nível mundial", explicou.
Lembrando que este setor produtivo do país até "já está muito bem apetrechado tecnologicamente" e possui "muita inovação", Nelson Cristo salientou, contudo, que "a qualificação dos recursos humanos é fundamental, porque a tecnologia, só por si, não resolve os problemas".
O outro foco da academia vai ser aproximar o conhecimento científico das necessidades da indústria, com a promoção de projetos de investigação e desenvolvimento ligados à tecnologia. "O objetivo é fomentar projetos de doutoramento e outros muito direcionados para a investigação aplicada", referiu, acrescentando que, em sentido contrário, "também existe muito conhecimento empírico nas empresas que pode e deve influenciar o currículo formativo e a investigação que se faz nas instituições de ensino".

 
 
 
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