Rui Pedrosa assume presidência com a sua equipa
Rui Pedrosa acaba de assumir as funções
de presidente do Instituto Politécnico de Leiria substituindo no
cargo Nuno Mangas (que terminou o seu último mandato, aproveitando
para agradecer e recordar o caminho trilhado nestes últimos oito
anos). O novo presidente do IPLeiria desempenhou as funções de
vice-presidente da instituição e apresenta, agora com a sua equipa,
projetos bem definidos.
Na tomada de posse anunciou três objetivos que considera
fundamentais e que fazem parte daquilo a que chama de estratégia
macro-institucional, que passam pela alteração da designação de
Instituto Politécnico de Leiria para Universidade Politécnica de
Leiria, pela implementação de doutoramentos, e pela promoção da
instituição em pleno".
No que respeita à mudança de nome, Rui Pedrosa explica que "em
primeiro lugar a palavra Universidade, simplesmente porque tem um
reconhecimento e perceção social, nacional e internacional, clara,
distintiva e é universal. Em segundo lugar Politécnica, por duas
razões substanciais, a primeira assumindo internamente esta opção
estratégica, mas principalmente na relação com a sociedade,
deixando absolutamente claro que queremos continuar a fazer as
mesmas coisas, ou seja, a ter ensino politécnico, preparar os
nossos estudantes para o mercado de trabalho e para as necessidades
de empresas e instituições, na realidade continuar a formar para as
profissões. Por outro lado, continuar a realizar serviços e
projetos de investigação e inovação com empresas e instituições,
principalmente na região, colocando o conhecimento ao serviço da
sociedade. A segunda, porque devemos projetar o futuro, não
esquecendo o passado, os valores e como chegámos até aqui".
Rui Pedrosa fala do IPleiria vir a
ministrar doutoramentos "em associação, ou de forma independente e
autónoma, continuando o trabalho de investigação, de inovação e de
influência para que seja possível outorgar o Grau de Doutor. O
relatório da OCDE deixou claro a ideia que os doutoramentos devem
depender da capacidade de investigação e inovação das IES e não da
sua designação (…) Com os doutoramentos seremos, finalmente, uma
instituição plena nas suas capacidades. A este propósito, pretendo
deixar claro, também aqui, que a minha visão é que os programas
doutorais devem ser de interface, em colaboração com empresas e
instituições e, por essa razão, estarem fortemente conectados com o
tecido económico, social, cultural, artístico e da saúde. O
processo de avaliação pela FCT, das 15 unidades de investigação em
que o Politécnico de Leiria participa, será absolutamente
determinante para conseguirmos ter doutoramentos e para que esta
região, as suas empresas e entidades, passem a ter mais este fator
crítico de sucesso na sua competitividade global através da
investigação e inovação".
O novo presidente fala também na promoção de uma instituição que
assuma, "em pleno, a sua localização numa região onde o
conhecimento tem que estar cada vez mais ao serviço da sociedade e
que é exemplo na proximidade com empresas e instituições. Neste
contexto, adotarei uma visão disruptiva, que transforma a
transferência de conhecimento, assumida sistematicamente como um
processo unidirecional, em partilha e valorização de conhecimento
enquanto processo bidirecional e colaborativo".
Num discurso objetivo e bem fundamentado, Rui Pedrosa abordou a
questão da inovação pedagógica. "Esta dimensão alcança ainda uma
maior relevância quando colocamos algumas questões prospetivas. Em
10 anos, quais serão as competências necessárias para os nossos
diplomados? Que multidisciplinariedade de competências serão
necessárias? Tudo isto parece ainda mais desafiante se atentarmos
ao facto de muitas das profissões que vão existir em 2028, ainda
não existirem hoje. Neste contexto, algumas ideias parecem claras,
nomeadamente que, para além de competências específicas, devemos
dar aos nossos estudantes competências transversais, que os
fortaleçam enquanto profissionais do futuro, independentemente dos
ambientes e contextos onde vierem a trabalhar. Deve ser dada
particular atenção ao pensamento livre, às competências associadas
ao pensamento criativo, às competências de comunicação, ao
empreendedorismo coletivo e social e, naturalmente, ao uso de
tecnologias digitais".
A captação de alunos
é outra prioridade. "O Politécnico de Leiria assumirá uma política
de continuidade, visando ampliar e aprofundar contextos nacionais e
internacionais de captação de estudantes, de modo a aumentar o
número de candidaturas aos seus cursos, disse.
EQUIPA Nos próximos quatro anos, Rui pedrosa terá aos seu lado
três vice-presidentes: Rita Cadima, que ficará com a
responsabilidade do ensino; Nuno Rodrigues (investigação); Ana
Sargento (partilha e valorização de conhecimento). Terá também
quatro pró-presidentes, José Carlos Gomes (Gestão Estratégica de
Recursos Humanos); Samuel Rama (Cultura e as Bibliotecas); Isabel
Pereira (inovação pedagógica); e Rui Rijo (Qualidade e Modernização
Administrativa). Como administradores ficarão Eugénia Ribeiro e
Miguel Jerónimo, enquanto que o Chefe de gabinete será Pedro
Costa.