Mercado bolsista
Twitter ajuda a prever
Uma equipa da
Universidade do Minho acaba de mostrar que é possível usar
informação do Twitter para prever e explicar retornos,
volatilidade, volume de negócios e índices de opinião no mercado
acionista. O trabalho analisou mais de 31 milhões de tweets de 3000
empresas dos EUA entre 2012 e 2015, que continham a cashtag
(hashtag com o dólar), uma convenção digital que se refere ao
mercado de capitais.
A ideia foi encontrar uma métrica
para o "sentimento" positivo ou negativo do mercado, a partir dos
dados dessa rede social. A pesquisa apresenta vários avanços face a
estudos similares, ao focar-se num período longo de tempo, tratar
grande quantidade de informação (big data), usar dados diários e
técnicas estatísticas robustas, evitando generalizações
circunstanciais. O artigo saiu na revista "Expert Systems with
Applications" e valeu a Nelson Areal o Prémio de Investigação da
Escola de Economia e Gestão da UMinho pela melhor publicação de um
cientista daquela Escola em 2017. A pesquisa decorreu durante
quatro anos e teve a coautoria de Paulo Cortez, professor da Escola
de Engenharia da Universidade do Minho, e de Nuno Oliveira, que foi
orientado por ambos na sua tese doutoral no Centro Algoritmi e é,
agora, data scientist no CEiiA.