Primeira Coluna
Aeronáutica, uma oportunidade
O setor aeronáutico constitui uma
oportunidade para as instituições de ensino superior e para o país.
A nível nacional, universidades e politécnicos têm vindo a
estabelecer redes entre si, mas também com as autarquias, como
acontece com Ponte de Sor, Évora ou Castelo Branco.
As universidades de Évora, da Beira
Interior, e os politécnicos de Castelo Branco, Setúbal ou
Portalegre são exemplos de instituições que têm estado atentas e
empenhadas em contribuir para o desenvolvimento de um setor que
gera milhões de euros, que vai necessitar de milhares de
engenheiros em todo o mundo, mais de 600 mil técnicos de manutenção
e outros tantos pilotos e técnicos de cabine.
Em Portugal este setor representa
qualquer coisa como 1,4% do Produto Interno Bruto. Há já boas
experiências nesta relação ensino superior, meio empresarial e
autarquias. Ponte de Sor acolhe, de 30 de maio a 2 de junho a maior
cimeira do setor na Península Ibérica, com o Portugal Air Summit,
onde as instituições de ensino superior terão uma palavra a dizer,
em mostrar o que têm feito, o que querem fazer e quais os desafios
para o futuro. Os estudantes poderão conhecer melhor as
oportunidades que o setor lhes propõe.
Castelo Branco recebeu mais uma
edição do Festival Aéreo, que este ano teve a presença do
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que aterrou no
Aeródromo de Castelo Branco num avião da Força Aérea, dando um
sinal claro de quanto é importante este setor para o país. O
evento, promovido pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia
Aeronáutica da Universidade da Beira Interior, esteve inserido no
Encontro Nacional de Aeronáutica, que decorreu de 15 a 17 de maio
na UBI com as jornadas aeronáuticas.
Percebe-se ainda que este setor, com grande margem de
progressão, pode ter um papel importante na coesão territorial,
pois o espaço aéreo no interior do país permite a realização de
mais horas de voo. Cidades como Castelo Branco, Évora e Ponte de
Sor, através dos seus aeródromos, possibilitam a investigação, a
fixação de quadros qualificados e empresas. É esta dinâmica que
Portugal deve saber abraçar e em que universidades e politécnicos
deverão colocar o seu saber ao serviço deste setor de uma forma
consertada e objetiva.