Suplemento

Luís Pereira, presidente da cimbb, destaca o turismo e a educação como áreas importantes
Beira Baixa: um território genuíno

DSC_2384.jpgQue desafios se colocam à CIMBB no presente e no futuro?

A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa é uma pessoa coletiva de direito público, de natureza associativa e âmbito territorial, que tem como objetivo a realização de interesses comuns aos municípios que a integra: Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.

Feito este enquadramento, são vários os desafios que se colocam à CIMBB. Desde logo, ao nível da promoção do planeamento e da gestão da estratégia do desenvolvimento económico, social e ambiental; a articulação de investimentos municipais de interesse supramunicipal; a participação em programas de apoio ao desenvolvimento regional, entre outros.

Mais recentemente, e no âmbito do processo de descentralização de competências, passou a ser a entidade que tem como competência a promoção da sub--região da Beira Baixa do ponto de vista turístico. Neste mesmo processo assumiu a responsabilidade de gestão de projetos financiados por fundos europeus e de programas de captação de investimento.

O futuro da CIMBB é desafiante e passa pela sua afirmação enquanto entidade capaz de, em articulação com os municípios e em diálogo permanente com a administração central, promover um território que tem nas suas gentes, nos seus saberes, nas suas tradições, enfim, na diversidade que o carateriza um potencial enorme que permite oferecer aos nossos visitantes um território genuíno.

O turismo é uma das áreas importantes nos seis concelhos que integram a comunidade. Que papel pode a CIMBB desempenhar nesta área?

Cada um dos municípios que integra a CIMBB tem feito um trabalho notável no que respeita à promoção turística dos seus concelhos. Cabe, no entanto, à CIMBB encontrar soluções que permitam de um modo articulado posicionar a região da Beira Baixa nos diferentes mercados que pretendem encontrar pessoas e territórios genuínos.

A este propósito temos um projeto que visa estruturar a oferta turística da Beira Baixa - "Beira Baixa: 3 dias. 3 experiências". É um projeto financiado que tem um enquadramento intermunicipal e onde se procura olhar com particular interesse para a oferta turística relacionada com a natureza, a cultura e a gastronomia.

Além disso, a CIMBB, nos últimos meses, tem assumido uma posição proativa, uma vez que tem procurado reunir periodicamente com os operadores turísticos da região colocando-se a par das suas necessidades. Marcou também presença na Bolsa de Turismo de Lisboa 2019, editou uma brochura dedicada ao Cycling, em colaboração com a Associação de Ciclismo da Beira Interior e tem um conjunto de outras iniciativas onde participa, por exemplo, em parceria com o Turismo Centro de Portugal.

Há um conjunto de outras ações em preparação para posicionar a oferta turística da Beira Baixa que podem passar por brochuras, app´s ou outros formatos e iniciativas.

Uma das apostas da Comunidade, através de cada município, tem sido a educação. De que forma isso tem sido feito e o que ainda poderá vir a ser desenvolvido?

No que respeita à educação, a CIMBB tem estado envolvida no processo de articulação da rede de cursos profissionalizantes. A este propósito tem aprendido bastante com todos os atores educativos. Neste âmbito destacamos também o protocolo de cooperação assinado com a ANQEP. No entanto, o maior projeto nesta área é o Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar. Este plano tem como objetivo maior assumir o projeto educativo como solução sustentada da evolução social, cívica e económica das populações da Beira Baixa. Encontra-se em fase de execução e, acreditamos, poder deixar marcas positivas no território.

No futuro quadro comunitário que áreas chave deveriam ser tidas em conta no entender da CIMBB?

Em nosso entender há um conjunto de áreas chave onde a CIMBB deve apostar estrategicamente. Por um lado, deve continuar o trabalho que tem vindo a realizar em áreas como a educação, a cidadania, o turismo, a cultura ou a floresta. Parece-me que estas áreas devem continuar a ser estimuladas. Por outro lado, no que respeita ao futuro entendemos haver áreas chave como, por exemplo, a aposta no combate às alterações climáticas, a valorização da economia circular, a modernização administrativa, a inclusão social, um diálogo transfronteiriço mais aprofundado, enfim uma nova cultura para a sustentabilidade socioeconómica e demográfica da Beira Baixa.

A CIMBB pode ser, se todos quisermos, uma entidade alavanca deste território onde vivemos, estudamos ou trabalhamos. E que todos sentimos genuinamente.

 
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
 
Unesco.jpg LogoIPCB.png

logo_ipl.jpg

IPG_B.jpg logo_ipportalegre.jpg logo_ubi_vprincipal.jpg evora-final.jpg ipseutubal IPC-PRETO