CCISP: Pedro Dominguinhos toma posse para novo mandato
Pedro Dominguinhos tomou posse para mais um
mandato como presidente do Conselho Coordenador dos Institutos
Superiores Politécnicos (CCISP). A cerimónia, que contou com a
presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
Manuel Heitor, coincidiu com a primeira reunião presencial daquele
órgão (pós confinamento devido à pandemia de Covid-19) realizada,
no passado dia 3 de junho, no Politécnico de Setúbal.
Manuel Heitor reconheceu a "grande confiança" que a sociedade
portuguesa deposita neste subsistema do ensino superior, anunciando
dois desafios que pretendem o regresso gradual à normalidade e a
recuperação económica: criação de escolas de verão nos
politécnicos, como forma de assegurar, ao longo dos próximos meses,
atividade presencial de estudantes e docentes nos diferentes campi;
e criação de consórcios para escolas de pós-graduação. Um "passo
decisivo", sublinhou, "na medida em que não podemos ter escolas de
pós-graduação em todas as instituições", disse.
Na sessão em que também participou o
secretário de Estado do Ensino Superior do Ensino Superior, João
Sobrinho Teixeira, o presidente do CCISP definiu as suas
prioridades para este seu segundo mandato, as quais passam pelo
"reforço da qualificação da população portuguesa, na formação
inicial mas sobretudo na formação ao longo da vida, área em que o
ensino politécnico, cuja rede cobre mais de 80 locais em território
nacional, tem tudo para dar um contributo decisivo".
Em nota enviada ao Ensino Magazine,
aquele responsável defendeu o "reforço da investigação aplicada" e
a "consagração da alteração legal que possibilita a outorga do grau
de doutor pelos politécnicos", o que permitirá uma oferta
diferenciada, os chamados "doutoramentos de interface", bem como a
alteração da designação dos politécnicos para "universidades
politécnicas", tendo em vista uma maior notoriedade internacional
e, consequentemente, um reforço da capacidade de atração de
estudantes estrangeiros.
Pedro Dominguinhos aproveitou a
ocasião para sublinhar a "resposta exemplar do ensino superior
politécnico à pandemia de COVID-19, quer em termos de investigação
e desenvolvimento, quer no desenvolvimento de projetos de
responsabilidade social". Prometeu ainda continuar a
contribuir para o desenvolvimento regional, coesão territorial e
inclusão social, em estreita articulação com os atores dos
territórios. "A maioria das regiões do País são hoje mais
dinâmicas, mais qualificadas, com maior capacidade de atração de
investimento porque existem politécnicos nos seus territórios. Mas
este impacto que não é apenas económico, é cada vez mais cultural e
social. A pandemia que estamos a viver evidenciou esta realidade",
concluiu.