Universidade

Rachamento da cereja
Novo tratamento na UTAD

Cereja_com_e_sem_rachamento_DireitosReservados.jpgSofia Correia, investigadora integrada do Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), acaba de descobrir um tratamento que permite uma "redução do rachamento em 50%" da cereja Sweetheart.

O estudo centrou-se em estratégias inovadoras em pré e pós-colheita no incremento da qualidade. A metodologia consistiu em repetidas pulverizações de cálcio, e de cálcio conjugado com outras substâncias, tendo os "tratamentos foliares reduzido o rachamento", e sido "menor" nos frutos "tratados com cálcio conjugado com ácido abscísico e glicina-betaína, sobretudo o rachamento do tipo lateral", explicou a investigadora.

Este tipo de rachamento afeta normalmente grande parte do volume da cereja, o que representa um aspeto importante na rejeição do fruto por parte do consumidor, pelo que, há necessidade de produzir frutos de grande qualidade, devido à elevada importância económica da cereja.

A investigadora refere que os compostos aplicados não afetam as características organolépticas (textura/sabor) e melhoram o aspeto visual do fruto. E, uma vez que estes compostos têm preços acessíveis, são ferramentas que podem ser facilmente adotadas pelos produtores de cereja. Além disso, é possível aumentar o calibre, em 20%, na cereja tratada com glicina-betaína e cálcio, o que representa um impacto "muito positivo para os produtores".

Os resultados da investigação estão publicados no Journal of the Science of Food and Agriculture e integram a tese de doutoramento de Sofia Correia, intitulada 'Pre and postharvest innovative strategies to enhance cherry quality', que está a ser orientada por  Berta Gonçalves e Ana Paula Silva (UTAD), e por Rob Schouten, da Universidade de Wageningen, na Holanda.

 
 
 
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