Paliativos
Cuidados passam pelo IPCB
A estratégia nacional de formação dos profissionais de saúde em
cuidados paliativos está a passar por Castelo Branco. A Esald-
Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias tem funcionado como
consultora da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, que acaba
de assinar um protocolo de colaboração com esta escola do Instituto
Politécnico de Castelo Branco.
O grande desafio é a formação de profissionais- tanto dos que
saem do ensino superior como dos que já estão no ativo. "Neste
momento estamos a desenvolver um programa tipo para que seja
universal em todas as escolas de enfermagem e de saúde e uma
formação intermédia de nível B para todos os profissionais na área
e que não têm formação", explica Paula Sapeta, a diretora da
Esald.
A escola albicastrense continua a formar profissionais 12 anos
depois de ter iniciado a primeira pós-graduação nesta área. Desde
2010 já tiveram também seis mestrados que permitiram a formação de
centenas de profissionais para todo o país.
"Neste momento temos alunos de Bragança, Algarve, Guarda, Viseu,
Alentejo", enumera a diretora da escola.
Para se perceber a importância do papel de Castelo Branco nesta
área basta pegar nas palavras da presidente da Comissão Nacional de
Cuidados Paliativos, que fala da Esald como "uma referência
nacional na formação de profissionais e a primeira escola de
enfermagem do país a ter uma disciplina obrigatória de cuidados
paliativos a nível pré-graduado".
Edna Gonçalves salienta ainda a existência de um estágio
obrigatório no mestrado "o que faz toda a diferença, pois não basta
a formação teórica para se formar um profissional de saúde".
Não é por isso de estranhar que atualmente haja hospitais de
referência onde a quase totalidade das equipas foram formadas em
Castelo Branco, como acontece com o Hospital Garcia de Orta, em
Almada.
Em Castelo Branco o mestrado tem 30 vagas e há 37 alunos de todo
o país. Um fator importante na procura é também o facto de o curso
da Esald ter estágio e reunir especialistas portugueses e
espanhóis, entre os quais a própria presidente da comissão
nacional. O protocolo foi assinado durante a primeira edição das
Jornadas da Qualidade, organizadas pela Unidade Local de Saúde de
Castelo Branco no auditório da sede do Politécnico.