Investigação
Animação Terapêutica uma área para o futuro
Aceder ao mundo através de um clique é uma ideia
fascinante que deu às tecnologias uma preponderância e um domínio
sobre o nosso quotidiano, criando um sedentarismo ao nível físico e
mental.
Tendo os meios que nos possibilitam as informações que carecemos na
ponta dos dedos, tornamo-nos passivos e dependentes de dispositivos
que pensam por nós e que podem construir e desconstruir
positivamente, ou negativamente a nossa vida.
Não necessitando o ser humano de se lembrar, de usar as suas
memórias, pode acabar por perder as suas recordações, comprometendo
aquilo que o torna um ser humanos mais sociável, mais criativo,
mais extraordinário, a própria essência do ser humano.
A privação da nossa capacidade de estimular o cérebro pode causar
problemas degenerativos, até mesmo demências precoces.
A preponderância da tecnologia contribui também para problemas de
comunicação e de socialização, tornando o ser humano mais
egocêntrico e isolado.
Estas questões podem levar a dificuldades linguísticas, auditivas,
a uma maior dependência de ansiolíticos, isto é, a longo prazo os
problemas para o nosso Serviço Nacional de Saúde irão ser cada vez
mais elevados, com a previsão de um aumento de pacientes.
Acautelar, trabalhar e desenvolver, é necessário efetuar as devidas
prevenções.
É com esta consciência, de que é fundamental prevenir para
acautelar demências no futuro, que a Animação Sociocultural, na sua
vertente terapêutica, tem ganho relevância.
A Animação Terapêutica desenvolve e estimula as vertentes
sensoriais e cognitivas do cérebro, contribuindo, assim, como um
"medicamento" para a prevenção de doenças neurológicas.
A implementação da Animação Sociocultural, nos serviços de apoio à
comunidade, na sua vertente Animação Terapêutica, é essencial, pois
só trabalhando a prevenção se podem melhorar os cuidados de
saúde.
Cérebro "animado", cérebro prevenido!