Atualidade

3º Período: básico a distância, secundário pode vir a ter aulas presenciais. Exames só para acesso ao superior.

costa

O terceiro período letivo vai arrancar com ensino a distância para os alunos do 1º ao 9º ano de escolaridade. Não haverá provas de aferição nem exames de final do 9º ano. No caso do ensino secundário, o 10º ano funcionará através de ensino a distância. Para os 11º e 12º anos o Governo espera ainda ser possível haver aulas presenciais (mas apenas para as 22 disciplinas especificas sujeitas a exames de acesso ao ensino superior), o que neste momento não será possível.

No ensino secundário só haverá exames (nos 11º e 12º anos) para as disciplinas (22) necessárias para o acesso ao ensino superior, sendo que o calendário foi adiado para o período entre 6 e 23 de julho (1ª fase) e 1 a 7 de setembro (2ª fase).

No que respeita ao ensino profissional, o processo de avaliação tem que ser adaptado e as apresentações das Provas de Aptidão Profissional serão feitas a distância.

O anúncio foi feito, dia 9, em conferência de imprensa,  pelo Primeiro Ministro António Costa. O pré-escolar também não irá funcionar. As medidas têm em conta a prudência. "Ainda não chegámos ao momento em que podemos levantar as medidas de distanciamento social. Só o podemos fazer quando o risco de transmissão do vírus for controlável. E neste momento não há data para isso", disse.

No que respeita ao funcionamento do ensino básico, e como o Ensino Magazine já tinha divulgado, o 3º período inicia-se no próximo dia 14 de abril, e vai funcionar apenas a distância, através dos meios digitais, mas também "pela transmissão de conteúdos pedagógicos na RTP Memória, o canal que está disponível no cabo e na TDT".

A avaliação do ensino básico será feito em cada escola, sem provas de aferição nem exames. "Os docentes terão que ter em conta todo o percurso dos alunos, assim como as condições especiais da forma como vai decorrer este período", disse António Costa, lembrando que "a avaliação pode representar aprovação ou reprovação. Mas temos toda a confiança nos professores para avaliarem os seus alunos".

No caso do ensino secundário, António Costa diz que "o trabalho dos alunos não pode ser deitado fora. Temos que assegurar condições de igualdade para todos, pelo que não é altura de mudar as regras de acesso ao ensino superior. O nosso objetivo é ter ainda aulas presenciais nas 22 disciplinas que são de acesso ao ensino superior. E nos exames iremos colocar blocos de matérias, pois elas não são ministradas da mesma forma em todas as escolas".

O Primeiro Ministro considera que não irá "desistir da educação", sublinhando que "só com educação se consegue o futuro".

Relativamente à transmissão televisiva na RTP Memória de divulgação de conteúdos pedagógicos para os alunos do ensino básico, eles "vão dividir-se em blocos de dois em dois anos e abrangerá o conjunto das matérias. Hoje em dia a sequenciação das matérias mudam de escola para escola. Por isso, na televisão não poderemos ter em conta a especificidade das matérias. Insistimos que esta oferta é complementar e não substitui o trabalho que os professores vão fazer com os alunos a distância".

João Carrega
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
 
 
 
 
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