Modelo de condução autónoma mais segura
UMinho e Bosch com proposta
Os decisores
políticos e a indústria devem valorizar os sensores de condução
autónoma automóvel que sejam codificados por polarização,
permitindo assim sistemas mais rápidos, seguros e baratos para o
cidadão. As conclusões foram publicadas na revista científica
Applied Optics por portugueses do Centro de Física da Universidade
do Minho, no âmbito do projeto 'Innovative Car HMI', uma parceria
entre a Bosch Car Multimedia e a UMinho.
O estudo centra-se nos
sensores LIDAR, os "olhos" do veículo e base da condução autónoma.
Esta tecnologia ótica, com detetores laser, mede propriedades da
luz refletida ao redor do veículo, para assim obter a distância e a
forma de um objeto, pessoa ou animal e, ainda, qual é o sentido e a
velocidade a que se movem, mesmo em condições de visibilidade
precárias.
Os cientistas Eduardo
Pereira, Hélder Peixoto, João Teixeira e Joaquim Santos notam que
os sensores LIDAR têm que identificar alvos externos com rigor,
para daí processarem imagens e estas apoiarem a tomada de decisões
em cenários complexos. Nesse âmbito, conseguiram codificar a
mudança da radiação luminosa (polarização) em veículos com pintura
metalizada. Essa técnica possibilita a deteção inequívoca do
veículo pelos sensores laser e pode ainda servir como medida para
categorizar o veículo.
"Os decisores da indústria devem
adotar implementações LIDAR codificadas por polarização e os
responsáveis de políticas governamentais devem maximizar o
potencial de classificação de material codificado por polarização,
criando um enquadramento regulatório que favoreça uma implementação
mais rápida e segura da tecnologia no mercado", refere Eduardo
Pereira.