Lusofonia

Escola Portuguesa de Macau
Portugal que pague

O presidente da Fundação Oriente (FO) garante que o financiamento da Escola Portuguesa de Macau é um capítulo fechado, porque "não faz sentido" que uma instituição privada apoie "para sempre" uma iniciativa do Estado português.

"Não, acabou, chega. Não fomos feitos para apoiar para sempre uma iniciativa que é do Estado português. Fizemo-lo durante muitos anos, mas não podemos fazer isso a vida inteira. É um disparate e não estamos aqui para isso", afirmou Carlos Monjardino.

Em entrevista à agência Lusa por ocasião do 25.º aniversário da FO, o presidente da fundação vincou que está na altura de o Estado português "assumir as suas responsabilidades" no que toca ao ensino da língua portuguesa em Macau.

"Não está de maneira nenhuma nas nossas mãos nem é obrigação nem vocação de nenhuma fundação privada fazer aquilo que já fizemos, quanto mais continuar", frisou.

A FO foi constituída em 18 de março de 1988 como uma das contrapartidas impostas pela então administração portuguesa de Macau à concessão em regime de exclusivo da exploração do jogo no território.

Monjardino lembrou que entre 1989 e 2011 a FO gastou "cerca de 24 milhões de euros" com a Escola Portuguesa de Macau (EPM) e o Instituto Português do Oriente (IPOR), que considera "um dos projetos mais válidos" e ao qual continua ligado.

 
 
 
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