Presidente da FCT avisa na UBI
Financiamento diversificado
Miguel Seabra, presidente da FCT,
considera a UBI um exemplo do que deverá ser a investigação e o
financiamento deste tipo de atividades, nos próximos anos,
sobretudo olhando ao projeto desenvolvido no Departamento de
Engenharia Eletromecânica que coordena um conjunto de universidades
e conta com 5,5 milhões de euros de financiamento. Um exemplo que
aquele responsável espera "ver reproduzido em mais universidades
portuguesas".
Ao longo da sua intervenção, no
anfiteatro 8.1 da Faculdade de Engenharia da instituição, o
presidente da FCT reportou-se diversas vezes ao projeto "singular",
coordenado por João Catalão, cujo laboratório fez parte do conjunto
de estruturas que visitou na sua deslocação à Covilhã. Este é o
maior projeto científico desenvolvido na academia beirã e que conta
com o apoio do 7º Programa Quadro,
tendo ligação à indústria e aplicação a um vasto leque de áreas e
também parceiros internacionais que vão desde universidades a
empresas.
Pontos reiterados por quem coordena
a principal instituição de apoio à ciência em Portugal. Miguel
Seabra aponta para o facto "evidente de um decréscimo de valores do
orçamento de Estado transferidos para a ciência e para a
investigação". Perante este cenário "há que ter em atenção que os
anos de grande crescimento em termos de apoio financeiro estão para
trás e temos de alinhar as nossas estratégias". Uma maior
diversidade nas fontes de financiamento, com uma atenção redobrada
para os fundos europeus, parece ser uma das apostas futuras.
O presidente da FCT apresentou a
evolução dos últimos anos, no que respeita ao apoio feito por esta
entidade aos vários projetos académicos. Um dos sinais a ganhar
maior atenção foi precisamente aquele que aponta para a FCT como
única entidade financiadora de muitos projetos. Um cenário que
Seabra diz não se poder repetir, face às restrições
orçamentais.