Estudante estrangeiro tem estatuto
Universidades e politécnicos podem «pescar» lá fora
O ministro da Educação e Ciência, Nuno
Crato, considerou que a publicação do estatuto do estudante
estrangeiro "é uma arma fundamental" para atrair novos alunos para
as instituições de ensino superior do país.
"Foi publicado o estatuto do
estudante estrangeiro, que é uma arma fundamental, também, para
atrair estudantes estrangeiros para o país todo", disse Nuno Crato
aos jornalistas, na Guarda, no final de uma reunião com autarcas e
dirigentes de instituições de Ensino Superior do interior do país,
em que participou igualmente o ministro-adjunto e do
Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.
Segundo Nuno Crato, o estatuto do
estudante estrangeiro "cria a possibilidade das instituições de
ensino superior terem uma oferta específica para estudantes
estrangeiros, uma quota para estudantes estrangeiros, e cria a
possibilidade das instituições estabelecerem as propinas dessa
oferta".
"Nós temos excelentes instituições
de ensino superior e o que estamos aqui a fazer não é mais do que
potencializar as suas capacidades, através da atração de estudantes
estrangeiros, que é outro fator fundamental", disse.
O ministro deu o exemplo do
Instituto Politécnico de Bragança, onde estuda "um grande número de
jovens estrangeiros", devido "ao grande dinamismo" da
instituição.
Nuno Crato também declarou que, na
reunião de hoje, encontrou "uma grande sintonia" entre os
presidentes das câmaras municipais, reitores de universidades e
presidentes de institutos politécnicos do interior.
"Há uma grande sintonia quanto ao
caminho geral que é preciso seguir para que o interior se
desenvolva, também neste aspeto fundamental que é o aspeto do
ensino superior", disse, referindo que foram abordadas duas
questões "essenciais" para o ensino superior no interior.
"A primeira é a coordenação que as
instituições de ensino superior, as autarquias e as empresas locais
têm cada vez mais que estabelecer para que a oferta seja bem
adaptada às necessidades locais. (…) E, em segundo lugar, a
necessidade de uma coordenação grande entre as próprias
instituições de ensino superior, sejam universitárias, sejam
politécnicas", afirmou.
Para captar novos estudantes para
os politécnicos, Nuno Crato referiu que um dos caminhos passa pelos
"cursos de técnico superior profissional recentemente criados".
Quando confrontado com a
possibilidade das universidades e politécnicos poderem partilhar
cursos e professores, respondeu que "as instituições de ensino
superior têm todas" quadros "altamente qualificados".
"Nós temos, no interior, quadros
altamente qualificados. Tanto nas universidades como nos
politécnicos, temos muita capacidade para crescer. Precisamos todos
é de aproveitar estas capacidades instaladas e atrair mais
estudantes", assumiu.