Proteção Civil testa meios
Simulacro no IPCB
O alarme soou na Escola Superior de Saúde
Dr.º Lopes Dias às 11H30 no dia 4
de março. Um pico de corrente elétrica provocou um curto circuito
na sala de informática, o que motivou a ocorrência de um incêndio.
Além do responsável pela equipa de segurança "ter ficado
inadvertidamente retido na sala onde deflagrou o incêndio", tendo
sido dali retirado pela autoescada Magirus dos Bombeiros
Voluntários de Castelo Branco, houve ainda a lamentar um ferido
grave. Segundo a diretora da instituição, Paula Sapeta, "o aluno
sofreu uma queda aparatosa e grave, tendo ficado com vários
traumatismo, crânio encefálico, várias escoriações, uma fratura
exposta, vomitou e ficou inconsciente. Uma situação bastante
grave". Grave seria sim, se não se tivesse tratado de uma
simulação, feita nas três escolas do Instituto Politécnico de
Castelo Branco (IPCB) localizadas no Campus da
Talagueira.
Os exercícios foram realizados em
colaboração com o Comando Distrital de Operações de Socorro de
Castelo Branco da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Paula
Sapeta explicou que, apesar de um treino tudo foi feito a sério.
"Ativamos o plano de segurança e o plano de evacuação da escola.
Começaram a atuar as equipas de intervenção e as equipas de
evacuação. Todo o processo demorou entre 10 a 12 minutos, pelo que
acho que cumprimos todos os protocolos. Foi um simulacro,
felizmente, mas creio que estamos preparados para numa eventual
situação de emergência atuarmos com rapidez e eficiência", reitera
a diretora da ESALD.
Na Escola Superior de Artes Aplicadas e na Escola
Superior de Tecnologia foram testados outros cenários, nomeadamente
o rebentamento de uma caldeira e uma fuga de gás, mas a resposta a
comunidade educativa foi igualmente pronta, o que deixa satisfeito
o presidente do IPCB. "Correu tudo bem, o que nos dá garantias que
os equipamentos e sistemas de segurança estão a funcionar. Além
disso, é muito gratificante verificar que as pessoas sabem
exatamente os procedimentos a que têm de obedecer quando acontecer
uma situação destas", refere Carlos Maia, acrescentando que estão a
ser implementadas "medidas de autoproteção em todas as escolas e
IPCB, em articulação com a ANPC, e estes simulacros servem
exatamente para testar os planos de emergência". O que se colhe
destes exercícios "serve para melhorar o documento de medidas de
autoproteção, para que tudo esteja a postos caso aconteça uma
situação real". Carlos Maia lembra que "quase 20 por cento da
população de Castelo Branco estuda ou trabalha no IPCB, daí a
instituição ter também a responsabilidade de garantir a segurança
dessas pessoas".
Também Rui Esteves, Comandante
Operacional Distrital da ANPC, dá nota positiva ao exercício.
"Queremos criar condições de segurança cada vez maiores em todos os
espaços. Este edifício tem um projeto de segurança contra incêndios
aprovado e medidas de autoproteção devidamente implementadas, mas
faltava a simulação, porque o treino faz toda a diferença. E em
menos de três minutos evacua-se um edifício desta grandeza e ao fim
de 12 minutos a situação está toda resolvida. O treino faz mesmo
toda a diferença quando se tem um planeamento adequado".