Cidades “mais amigas” dos peões
Minho com soluções
A Universidade do Minho lidera a
conceção de um sistema de navegação que pretende melhorar a
circulação dos peões nas principais cidades europeias. Esta
tecnologia promete revolucionar o modo como nos deslocamos nos
espaços urbanos, considerando critérios como a preferência e a
segurança dos transeuntes. Vai ser testada no Porto e em Bolonha,
na Itália, podendo ser implementada mais tarde noutras cidades do
mundo.
O projeto, intitulado 'Smart Pedestrian Net - Smart Cities are
Walkable', visa o desenvolvimento de um modelo capaz de avaliar e
otimizar as condições para andar a pé em cidades europeias. "Este
modelo pioneiro vai orientar as metrópoles para as pessoas,
colocando o modo pedonal como uma dimensão fundamental das cidades
inteligentes e inclusivas", explica o coordenador Rui Ramos, do
Centro de Território, Ambiente e Construção (CTAC).
O sistema será avaliado numa primeira fase em duas cidades-piloto,
com o objetivo de direcionar as suas políticas de planeamento
urbanas e de transportes. O estudo implica ainda a avaliação das
condições oferecidas por estes espaços aos peões e a auscultação do
custo e dos benefícios da promoção do modo pedonal. Os
investigadores do projeto defendem que apostar neste tipo de
deslocação é essencial para se tornar a mobilidade mais
sustentável, para se incutirem estilos de vida mais saudáveis e
para se melhorar a qualidade do ambiente urbano.
Além da UMinho, o projeto envolve a Universidade de Bolonha, a
Universidade Europeia de Chipre e a Associação para o
Desenvolvimento Sustentável e Inovador em Economia, Ambiente e
Sociedade (Áustria). Foi aprovado pela Cofund Smart Urban Futures
no âmbito da Joint Programming Initiative Urban Europe, um programa
lançado pela Comissão Europeia, e conta com um financiamento de
cerca de um milhão de euros até 2020.