Universidade

Nova base científica na mira da UBI
Identificados pela íris

UBI4.jpgA identificação de seres humanos através da íris ou das suas linhas faciais é cada vez mais utilizada. Na Universidade da Beira Interior está em curso o projecto Mais Iris, desenvolvido com o apoio do Instituto de Telecomunicações, que consiste numa base de dados composta por diversos vídeos e imagens que resultam de diferentes expressões dos rostos humanos.

É a partir dessas informações que Elisa Barroso, uma das bolseiras envolvidas na investigação, espera conseguir construir uma forma de identificar as pessoas "com mais fiabilidade que apenas o método da íris". Para tal, a investigação tem em conta, não apenas os olhos das pessoas, mas toda a região peri ocular. "Um dos limites do reconhecimento, através da técnica da íris ou outra semelhante, está no facto de no dia-a-dia as pessoas alterarem a sua expressão; ou estão alegres, ou estão a sorrir, ou encontram-se tristes, ou pensativas, etc. Isso muitas vezes limita o reconhecimento facial", explica.

O objectivo passa por criar uma base de dados que será depois validada cientificamente e onde as pessoas ensaiam seis expressões básicas. Pretende-se que o sistema seja capaz de detectar uma pessoa independentemente da sua expressão facial. As principais aplicações "estão ao nível da segurança, essencialmente, e do controlo de acesso a instalações. Pode conseguir-se para as empresas, sistemas que substituam os tradicionais métodos de registo de entrada e saída dos funcionários", dizem os membros da equipa. Para tal, basta ter na zona de acesso às instalações uma câmara de recolha de dados, e os funcionários dessa entidade, ao passar nessa porta, automaticamente são registados pelo sistema, através da sua identificação facial.

Eduardo Alves
 
 
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