Nova base científica na mira da UBI
Identificados pela íris
A identificação de seres
humanos através da íris ou das suas linhas faciais é cada vez mais
utilizada. Na Universidade da Beira Interior está em curso o
projecto Mais Iris, desenvolvido com o apoio do Instituto de
Telecomunicações, que consiste numa base de dados composta por
diversos vídeos e imagens que resultam de diferentes expressões dos
rostos humanos.
É a partir dessas informações que
Elisa Barroso, uma das bolseiras envolvidas na investigação, espera
conseguir construir uma forma de identificar as pessoas "com mais
fiabilidade que apenas o método da íris". Para tal, a investigação
tem em conta, não apenas os olhos das pessoas, mas toda a região
peri ocular. "Um dos limites do reconhecimento, através da técnica
da íris ou outra semelhante, está no facto de no dia-a-dia as
pessoas alterarem a sua expressão; ou estão alegres, ou estão a
sorrir, ou encontram-se tristes, ou pensativas, etc. Isso muitas
vezes limita o reconhecimento facial", explica.
O objectivo passa por criar uma
base de dados que será depois validada cientificamente e onde as
pessoas ensaiam seis expressões básicas. Pretende-se que o sistema
seja capaz de detectar uma pessoa independentemente da sua
expressão facial. As principais aplicações "estão ao nível da
segurança, essencialmente, e do controlo de acesso a instalações.
Pode conseguir-se para as empresas, sistemas que substituam os
tradicionais métodos de registo de entrada e saída dos
funcionários", dizem os membros da equipa. Para tal, basta ter na
zona de acesso às instalações uma câmara de recolha de dados, e os
funcionários dessa entidade, ao passar nessa porta, automaticamente
são registados pelo sistema, através da sua identificação
facial.