Cultura

Gente e livros
Djaimilia Pereira de Almeida

Djaimilia.jpgDjaimilia Pereira de Almeida, filha de mãe angolana e pai português, nasceu em Luanda, em 1982, e cresceu na periferia de Lisboa.
Com o seu segundo romance "Luanda, Lisboa, Paraíso" (2018), que sucedeu a "Esse cabelo" (2015) consagrou-se como uma das mais talentosas jovens vozes da literatura em língua portuguesa.
Licenciada em Estudos Portugueses na Universidade Nova de Lisboa, Djaimilia Pereira de Almeida doutorou-se em Teoria da Literatura, na Universidade de Lisboa, em 2012. Em 2013, foi uma das vencedoras do Prêmio de Ensaísmo serrote, atribuído pela Revista serrote (Instituto Moreira Salles, Brasil); em 2016, venceu o Prémio Novos 2016 - categoria Literatura, por "Esse cabelo" e esteve entre os finalistas do 8º ciclo da Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative.
Entretanto, Djaimilia Pereira de Almeida publicou em revistas literárias, portuguesas e estrangeiras, tais como Common Knowledge, Granta.com, Granta Portugal, Ler, Revista Pessoa, Quatro Cinco Um, Revista serrote, Words Without Borders, Revista Zum, entre outras.
"Luanda, Lisboa, Paraíso" foi recebido com entusiasmo pela crítica e pelos leitores, tendo conquistado o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2018 e confirmado a autora enquanto "narradora atenta e singular, com um ponto de vista único", nas palavras do júri.
"Luanda, Lisboa, Paraíso" conta a história de Cartola de Sousa, parteiro num hospital em Luanda, e Aquiles, seu filho de 14 anos, nascido com um calcanhar defeituoso, que viajam para Lisboa, nos anos 1980, para que o rapaz possa ser submetido às operações e tratamentos médicos que resolveriam o seu problema no pé.
Para trás deixam Glória, mãe de Aquiles, doente e imobilizada na cama, entregue aos cuidados da filha, Justina, irmã de Aquiles.
O título do livro traça precisamente o percurso feito por pai e filho, nessa viagem que começa cheia de sonhos, esperança e ilusões, de uma Lisboa mágica que os receberia como portugueses, mas que acaba por ser uma viagem sem regresso, pelos caminhos que conduzem à miséria humana. De Luanda, viajam para Lisboa, onde vivem numa pensão durante os tratamentos ao pé de Aquiles, e, finalmente, acabam a viver no Paraíso, um bairro da lata na margem sul do Tejo.

Tiago Carvalho
Comunidade Cultura e Arte
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
Unesco.jpg LogoIPCB.png

logo_ipl.jpg

IPG_B.jpg logo_ipportalegre.jpg logo_ubi_vprincipal.jpg evora-final.jpg ipseutubal IPC-PRETO