Direção Geral de Saúde avalia regresso às escolas
A diretora-geral da
Saúde disse que estão a ser avaliadas as decisões sobre a
reabertura das escolas e sobre o aliviar da introdução de algumas
medidas na vida dos portugueses, considerando que "há ainda muito
trabalho para fazer".
"É uma coisa muito complexa, não há uma resposta, nem uma data
simples. Tem de ser analisado dia-a-dia, dado a dado, medida a
medida para percebermos como vai ser a evolução", disse, no dia 4
de abril, Graça Freitas, em resposta aos jornalistas, sobre o
regresso às aulas para os alunos do secundário.
Esta questão surge após o primeiro-ministro ter apontado, a 3 de
de abril, o dia 4 de maio como a data limite para um recomeço das
aulas presenciais que assegure o cumprimento com normalidade do
calendário escolar, designadamente no ensino secundário.
Graça Freitas avançou que "não há uma resposta" em relação à data,
"nem como vai ser feito e a que velocidade".
"Neste momento, um grupo de académicos está a fazer estudos e a
ver mais dados e informação para poder responder melhor a estas
medidas que nós temos, em que datas é que podemos retirar algumas
medidas de contenção social para em segurança voltar à vida mais ou
menos normal, mas sem correr o risco de existir um aumento do
numero de casos", disse, frisando que este "equilíbrio difícil
requer reflexão e muita ponderação".
A diretora-geral da Saúde explicou que este grupo de académicos
está a fazer o acompanhamento da epidemia através de dados reais,
que são refletidos nos relatórios, e a projetar o futuro.
"Vamos acompanhando a introdução das medidas. Cada vez que é
introduzida uma medida na nossa sociedade os cientistas veem o
impacto dessa introdução na redução da doenças ou na redução da
curva", afirmou, acrescentando que há "muito trabalho para fazer
com as projeções destes académicos para perceber em que altura é
que será útil começar a introduzir alguma normalidade".