Politécnico

Politécnicos juntos no combate à Covid-19

L1010319.jpgOs institutos politécnicos portugueses estão unidos no combate à Covid-19, através de um conjunto significativo de ações que vão desde a conceção de ventiladores, produção de gel e viseiras, empréstimo de equipamento informático, adiamento dos prazos de pagamento de propinas e implementação de aulas a distância.

Pedro Dominguinhos, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), explica, em nota enviada ao Ensino Magazine, que "este é um momento excecional, a todos os níveis, e sentimos a necessidade de retribuir com o nosso conhecimento, recursos e solidariedade, às comunidades onde nos inserimos".

Aquele responsável sublinha que "é por isso, também, que os vários politécnicos, de norte a sul do país, criaram uma Bolsa de Voluntariado - que integra docentes, funcionários não-docentes e estudantes -, para apoiar lares, creches que permanecem abertas e outras entidades que necessitem, e têm estado a oferecer refeições e alojamento a profissionais de saúde".

Tal como o Ensino Magazine divulgou, em primeira mão, os politécnicos estão a transformar o conhecimento em ações concretas no terreno. "Professores e estudantes, de mais de metade dos politécnicos que integram a rede CCISP, encontram-se já a desenvolver protótipos de ventiladores e a apoiar no seu fabrico, bem como a colaborar na produção de equipamentos de proteção individual, desinfetantes e outros consumíveis. Os vários politécnicos estão também a colaborar com as autoridades de Saúde na realização de testes de despistagem ao SARS-CO-2, bem como, a disponibilizar laboratórios e equipamentos ao Serviço Nacional de Saúde", é explicado na nota enviada pelo CCISP.

Pedro Dominguinhos fala também na implementação do ensino a distância, sublinhando que o objetivo "é permitir a igualdade de acesso e a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, garantindo a todos o direito à Educação".

A mesma nota lembra que "a alteração no paradigma de funcionamento das instituições de ensino, nomeadamente, nos modelos de trabalho e na digitalização do setor, obrigando à adaptação da oferta formativa presencial a um formato de ensino a distância, levaram a que fossem adotadas, a nível de toda a rede do CCISP, medidas como o empréstimo de equipamentos e disponibilização de hotspots de acesso à  Internet que permitam a participação de todos os estudantes através das plataformas não presenciais e o acesso à Internet a um custo mais reduzido".

O CCISP explica que foram também "criados e/ou reforçados os fundos de apoio social nas instituições, de forma a fazer face a situações de emergência que possam surgir". De igual forma, "o prazo de pagamento das propinas foi prorrogado, sem pagamento de juros de mora, continuando a garantir-se todos os apoios sociais previstos, e as várias instituições de ensino continuam a oferecer refeições em regime de take-away".

No entender de Pedro Dominguinhos, "esta mudança abrupta no funcionamento do sistema de ensino está a ser um teste à resiliência, flexibilidade e capacidade de adaptação das instituições e cria um conjunto de desafios, não só às próprias instituições, como às suas comunidades académicas (estudantes, docentes e funcionários não-docentes). Tudo faremos para que a situação atual tenha o menor impacto possível no rendimento dos alunos e num consequente aumento do abandono escolar".

 
JC/Ensino Magazine
 
 
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