Cultura

Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura
Argentina Santos – Uma castiça que vem de longe

Arg Santos cópia.jpgNasceu em Lisboa, na Mouraria, em 1926 e ainda canta. O seu respeito e admiração é uma constante entre quase todos os que acompanham o mundo do fado e o fado castiço em particular. Começou a trabalhar tarde, já com 24 anos, na Parreirinha de Alfama, onde começou a trabalhar como cozinheira. O seu primeiro marido não gostava que ela cantasse e, por isso, ficava-se pela cozinha. O marido morre e Argentina começa a cantar; dois anos depois volta a casar-se e a história repete-se: "proibida de cantar". É com a morte do segundo marido que inicia verdadeiramente a sua carreira musical.

Tem um estilo castiço, forte e muito pessoal. Atrás de si um público fiel que apenas a abandona quando deixa de existir, enquanto ela resiste… e canta, canta sempre! Entre os seus maiores êxitos destacam-se Duas Santas (letra de Augusto Martins e música do Fado Franklin) e Juras (letra de Alberto Rodrigues e música de Joaquim Campos). O Fado tirou-a da Mouraria e com ele viajou pelo mundo e passou, entre outros, pela Venezuela, Grécia, Países Baixos, Brasil, Itália, França e Escócia. Cantou em salas como o Queen Elisabeth Hall, em Londres, La Cité de la Musique, em Paris, o Grande Auditório do CCB e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e a Catedral de Marselha.

Hoje passa a maior parte do seu tempo entre a sua casa de fados A Parreirinha de Alfama e o Museu do Fado, quase em frente. Para os apreciadores do Fado Castiço, ou simplesmente interessados em saber e ouvir mais sobre este nosso património imaterial da cultura, vale a pena uma visita.

J. Vasco
Fotos tiradas na Festa do Fado, durante as Festas da Cidade de Lisboa
 
 
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