Guarda
IPG reduz despesa
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG)
planeia enfrentar os cortes orçamentais previstos para 2013
reduzindo as despesas correntes, fechando escolas em determinados
períodos e dispensando funcionários com contratos a termo certo,
admitiu o seu presidente.
Segundo Constantino Rei, a
manter-se o corte adicional de 8,5 por cento no orçamento para
2013, previsto no Orçamento do Estado (OE), a instituição vai ter
que "poupar ainda mais" e "cortar naquilo que ainda é possível
cortar, que já é muito pouco".
No próximo ano também está previsto
o aumento da despesa com descontos para a Caixa Geral de
Aposentações, de 15 para 20 por cento, que no caso do IPG
"representa mais de 500 mil euros".
O responsável disse que este
cenário obrigará a direção a ser mais criteriosa, "a suspender
algum tipo de atividades" e a "utilizar ainda melhor" os recursos
disponíveis.
Uma das medidas para redução de
despesas correntes passa por fechar as quatro escolas do
Politécnico nas férias escolares.
Lembrou que no mês de agosto as
escolas estiveram encerradas durante duas semanas e essa medida
deverá continuar a ser aplicada em outros períodos: "Já
provavelmente no Natal iremos encerrar todas as escolas durante,
provavelmente, uma semana", admitiu.
Numa zona do país onde os custos
com eletricidade e aquecimento são elevados, o presidente do IPG
afirma que o fecho das escolas nas férias do Natal permitirá poupar
"alguns recursos" financeiros.
O IPG tem as escolas superiores de
Gestão e Tecnologia; de Educação, Comunicação e Desporto; de Saúde;
e de Hotelaria e Turismo (Seia).
Devido à atual crise, o Politécnico
da cidade mais alta do país não prevê dispensar professores, por
ter apostado no recurso a colaboradores a tempo parcial, mas o seu
presidente admite cortar nos funcionários.
"Se se mantiver aquilo que consta
na proposta de Lei do OE para 2013, provavelmente seremos obrigados
a dispensar algumas pessoas que têm contratos a termo certo",
disse, esclarecendo que o estabelecimento de ensino tem "pouco mais
de uma dezena" de funcionários contratados.
No ano letivo de 2012/2013 o IPG,
que ministra cerca de 20 cursos de licenciatura, igual número de
mestrados e 22 cursos de especialização tecnológica (CET), irá ter
cerca de 3.100 alunos, o mesmo número do ano transato, embora não
tenha admitido novos estudantes nos cursos de Contabilidade e
Gestão de Recursos Humanos, que funcionavam em regime
pós-laboral.
"Este ano não admitimos novos
alunos por via da crise e da falta de alunos que sustentem estas
turmas", justificou.
O IPG também diminuiu o número de
turmas "juntando algumas disciplinas que são comuns a vários
cursos", indicou o presidente.
A instituição não subiu a propina
das licenciaturas, no valor de 900 euros, tendo apenas procedido a
um "pequeno ajustamento" nos CET.