Politécnico

Abertura da sessão solene
Leiria: Juntos pelo doutoramento
leiria2.jpgO presidente do Instituto Politécnico de Leiria reivindicou, durante a sessão solene de aniversário e de abertura de ano letivo da instituição, a atribuição do grau de doutoramento. "Porque queremos exercer a nossa missão na sua plenitude, queremos ter a capacidade legal de outorgar o grau de doutor. Porque temos ambição e queremos ir mais longe, definimos como orientação estratégica a nossa evolução para universidade", afirmou Nuno Mangas. O presidente do IPLeiria , esclareceu que "definimos esta orientação, não para deixarmos a nossa matriz, mas porque queremos poder responder às necessidades da nossa região e do país, e esta é a melhor forma de o servir".
Na cerimónia, realizada pela primeira vez na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche, Nuno Mangas explicou que "consideramos prioritária a possibilidade da atribuição do grau de doutor para podermos desenvolver projetos de doutoramento em estreita articulação com o mundo do trabalho. Este passo é fundamental para respondermos às necessidades de inovação das nossas empresas, do tecido industrial da região, promovendo o desenvolvimento do país", ressalvando que "devem poder conferir o grau académico de doutor as instituições de ensino superior que, depois de avaliadas, pela Agência para Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) demonstrem ter competências para o fazer".
O responsável destacou os argumentos a favor da evolução da designação da instituição: "somos inovadores na formação e ela tem qualidade; a nossa investigação científica é relevante para a sociedade; temos infraestruturas adequadas à nossa missão e temos pessoas competentes e altamente qualificadas. Somos uma instituição aberta ao exterior, inclusiva, plural e multicultural onde imperam valores como o rigor, a exigência, a partilha e a tolerância". "Além disso, a nível internacional, as instituições de ensino superior designam-se, ou são conhecidas, por universidades, e a aposta estratégica do Politécnico de Leiria na internacionalização, ao nível da formação ou ao nível da investigação, esbarra frequentemente neste obstáculo, que está intimamente ligado à afirmação e reconhecimento social da instituição, no plano nacional, e particularmente, no plano internacional".
Nuno Mangas referiu ainda os outros eixos estratégicos definidos no Plano Estratégico 2020 do Politécnico de Leiria: investimento na qualidade e inovação do ensino, investimento na investigação e inovação ao serviço da sociedade, aposta nos campi, recursos e profissionais de excelência, e na internacionalização. O preidente do IPLeiria ressalvou ainda outros dados: "ingressaram no Politécnico de Leiria este ano letivo, em primeira vez, mais de 4.000 novos estudantes, além de mais de 1.000 estudantes internacionais, de 60 nacionalidades diferentes".
Pedro Lourtie, presidente do Conselho Geral do Politécnico de Leiria e orador convidado da sessão solene, cuja oração de sapiência versou sobre "Diversidade no ensino superior: organização, missões e graus académicos". O professor traçou um perfil do ensino superior no estrangeiro, nomeadamente na Europa, onde as instituições politécnicas têm possibilidade de evoluir para universidade e/ou conferir doutoramentos. Já em Portugal, "o disposto no RJIES é, claramente, uma penalização para os politécnicos. Há uma desvalorização do subsistema politécnico face ao universitário, e esta é a raiz de problemas que dificilmente serão ultrapassados apenas pela afirmação de que ambos os subsistemas têm igual dignidade", defendeu.



 
 
 
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