Évora
Pensar o brincar
Investigadores e terapeutas nacionais e estrangeiros
reuniram--se para refletir sobre a dança, o brincar, a relaxação, o
toque, o ritmo e outras atividades corporais enquanto promotores da
saúde e do bem-estar ao longo da vida. O Colóquio "Expressividade
do corpo" decorreu nos dias 16 e 17 de novembro, na Universidade de
Évora. Organizado em parceria com a l'Association pour la Formation
Post-Universitaire en Psychomotricité (AFPUP, França), contou com
cerca de 300 participantes.
O stress, a ansiedade, a depressão, as dificuldades nas relações
são alguns dos problemas mais comuns na nossa sociedade. Mas
poderemos usar o corpo para os resolver? José Marmeleira, professor
do Departamento de Desporto e Saúde da Escola de Ciências e
Tecnologia da UÉ, respondeu afirmativamente.
Apresentando uma retrospetiva histórica das danças a pares
afro-americanas em Paris no pós-guerra, o Charleston da década de
1920, passando pelo Swing dos anos 30, até ao Be Bop dos anos 40 e
o Rock 'n Roll dos anos 50, o investigador, psicólogo clínico e
bailarino francês Marc Guiose, considera que a análise
socio-psicomotora da dança levanta a hipótese da nossa sociedade
querer encontrar "um vínculo grupal", em que se assume "uma função
ampla e simbólica, numa abordagem de codificação comportamental que
medeia o corpo um do outro".