Esart assinala aniversário
20 anos a espalhar arte
A Escola
Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo
Branco (Esart) assinalou 20 anos de vida, numa cerimónia que reuniu
antigos e atuais dirigentes da academia albicastrense, mas também
docentes, alunos e diferentes entidades da região. O evento
permitiu recordar, através de um filme, a história de uma escola
criada sob o olhar desconfiado de muitos pares, mas que
paulatinamente mudou o panorama cultural da região e as
oportunidades para que os jovens portugueses pudessem concluir
estudos superiores em áreas específicas.
Fernando Raposo, primeiro diretor da Esart, recordou isso mesmo.
"Chegados aqui e porque ainda há muito caminho para caminhar, é
nosso dever homenagear quem, há mais de 20 anos, idealizou a
escola", referiu, lembrando os nomes de Valter Lemos, presidente do
IPCB na época, ousado e determinado na sua criação, e dos docentes
Deolinda Alberto, Luísa Correia e António Faustino. Também José
Raimundo, segundo diretor da escola, destacou a importância daquela
academia.
Hoje a Esart é uma das escolas mais procuradas a nível nacional.
António Fernandes, presidente do Politécnico, lembra que na "Esart
formam-se e lecionam muitos dos mais brilhantes atores nacionais e
internacionais no contexto das artes e do design e dos
audiovisuais. Estou convicto que a escola continuará a dar um
contributo importante para o prestígio do IPCB atendendo às
competências existentes e à vontade de todos em fazer sempre mais e
melhor".
Sobre o futuro e a reorganização que o IPCB pretende implementar,
António Fernandes lembrou que "os valores têm que ser os mesmos,
temos que honrar o passado e o caminho que fizemos e temos que nos
unir para preparar o futuro. (…) Toda a comunidade Esart e IPCB
terá lucidez para se juntar e unir, honrando sempre o passado e
admitindo os valores de sempre, que são os de trabalho e de
reflexão, para que daqui a 20 anos possamos estar aqui, a celebrar
os 40 anos. Não serei eu definir o nome da escola, seremos todos,
mas o importante é mantermos os valores da escola e reforçar a
cultura organizacional que temos".
As comemorações tiveram como tema "20 anos, 20 ideias" e
integraram dois momentos musicais (um mais clássico e outro
eletrónico), tendo na cerimónia sido distinguidos os antigos
dirigentes e primeiros funcionários da escola, com uma escultura
feita pelo docente da Esart, José Simão. O filme projetado na
cerimónia mostrou a evolução da escola, como passou do Cine Teatro
para a Escola Superior Agrária, e mais tarde, devido ao forte
empenho da Câmara de Castelo Branco, inaugurou novas
instalações.
José Francisco Pinho, o diretor da escola, olha para o futuro da
Esart "como uma instituição dinâmica e sempre contemporânea,
confiante e sempre comprometida com a qualidade, (…) um lugar de
cultura reconhecido pela comunidade local e nacional".