Pedro Dominguinhos defende
Internacionalizar é necessário
"A internacionalização tem que ser posta
no centro da estratégia das instituições de ensino superior. Não é
uma parte marginal das nossas atividades, deve ser incluída no
ensino, na investigação e na relação com a nossa comunidade
envolvente", defendeu o presidente do Instituto Politécnico de
Setúbal (IPS), Pedro Dominguinhos, na sessão de abertura a 12ª
Semana Internacional, que decorreu este mês, reunindo mais de 120
participantes, 27 dos quais em representação de parceiros
estrangeiros.
Numa edição especial comemorativa do 40º aniversário do IPS, o
encontro internacional colocou o foco no futuro das redes de
mobilidade no contexto do ensino superior, assinalando "uma mudança
na estratégia de internacionalização" do próprio IPS. E que deverá
passar, segundo o responsável, pelo reforço de "uma mentalidade
internacional" transversal a todas as áreas e a toda a comunidade
académica, e também por uma seleção mais rigorosa de parceiros
estrangeiros, com quem seja possível desenhar novos projetos
relevantes para a região. "Devemos investir em parcerias
estratégicas para aumentar a mobilidade, o numero de projetos e,
claro, o número de estudantes que possam disso beneficiar".
O presidente do IPS lembrou ainda que a componente internacional
do ensino superior torna evidente uma outra missão, paralela à do
desenvolvimento económico das regiões, e que é especialmente
pertinente em tempos de retorno dos nacionalismos. "As
instituições de ensino superior são também um instrumento muito
importante para promover o multiculturalismo e a paz. Temos a
responsabilidade social de construir uma Europa mais aberta,
igualitária e inclusiva", vincou.
Falando enquanto principal anfitriã de quem visita Setúbal por
estes dias, a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira
elogiou a iniciativa referindo que, com este encontro, "o nosso
politécnico dá passos muitos significativos na sua
internacionalização, na captação de novos públicos estudantis e na
atração para a nossa região de novas e capacitadas gerações de
gente altamente qualificada". A autarca voltou igualmente a
sublinhar o papel do IPS como "polo de conhecimento da maior
importância para Portugal" e "parte fundamental da transformação
por que tem passado a nossa cidade nos últimos anos", para
reconhecer que, ao trabalhar ativamente na sua internacionalização,
a instituição está, em última instância, "a trabalhar para a
internacionalização de Setúbal".
Estudar no IPS é, por isso, "reunir o que há de melhor", rematou
Maria das Dores Meira. "Por um lado, uma escola repleta de
qualidades, com um corpo docente altamente preparado e com boas
instalações e equipamentos; por outro, uma cidade bela, renovada e
vibrante".
Seguindo um modelo de trabalho diferente face a anos anteriores,
esta 12ª Semana Internacional proporcionou cinco dias de partilha
através de várias sessões plenárias e mesas redondas, pondo em
contacto estudantes, docentes e investigadores do IPS e os colegas
convidados de instituições nacionais e internacionais com quem o
IPS mantém relações de cooperação, nomeadamente de países como
Alemanha, Bélgica, Holanda, Brasil, Ucrânia, Polónia, Finlândia,
Dinamarca, Eslovénia e Uzbequistão.