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Paula Sapeta, directora da ESALD, lança livro
Cuidar em fim de vida

IMG_6185.jpgA directora da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias acaba de apresentar o livro "Cuidar em fim de vida: processo de interacção enfermeiro-doente". Paula Sapeta apresenta esta obra na sequência da sua tese de douramento, a qual a ensinou a estar mais próxima do que é "morrer", tendo aprendido a dar mais valor à vida.

"Este livro é resultado de um processo de investigação que desenvolvi no doutoramento em Enfermagem, que concluí em Junho de 2010", disse Paula Sapeta acrescentando que se trata de um estudo que se iniciou em 2007, num percurso que refere "nunca foi solitário".

Manuel Lopes, director da Escola Superior de Enfermagem de Évora e autor do prefácio, fez a apresentação e refere que este é "um livro que tem enfermagem, mas que se destina também aos que não são enfermeiros, porque teoriza o cuidado humano"", como disse.

E acrescentou que o trabalho apresentado fala de preservar a vida, no humano e no que há de melhor na fase mais importante da vida, que é o fim dela mesmo.

Foi um estudo, segundo ele, feito em contexto clínico, o que "é a negação daquilo que se vai dizendo de que os enfermeiros teorizam muito". Para o professor o que os enfermeiros fazem, "fazem-no de forma cientificamente fundamentada e fazem-no com afecto" e por isso, reitera, "muitos vão sentir-se aqui (no livro) retratados".

Manuel Lopes avisa que não é um livro fácil de ler, porque esses são cor-de-rosa, mas deve ser lido devagar e poucas páginas de cada vez. Mas, para os estudantes, esta obra é uma excelente referência. No entanto, avisa que, para além da forte carga científica possui aspectos que emocionam.

O professor afirma que o livro não é uma teoria acabada e sim de desenvolvimento, porque "alguém que chegou a este nível tem que continuar e a Paula tem muito mais para dar à enfermagem e aos cuidados paliativos", frisou, concluindo que o próximo passo é o da estruturação da investigação.

Durante a apresentação do livro, Paula Sapeta agradeceu aos 28 enfermeiros que participaram na investigação e aos próprios doentes que, "estando a morrer, colaboraram, e ensinaram-me a aceitar os limites e as dificuldades com outra serenidade, a fazer um desenvolvimento interior e a crescer como pessoa".

O estudo foi desenvolvido nos dois serviços de medicina interna do Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco e os dados foram recolhidos ao longo de nove meses, em que a investigadores fez 42 turnos, tendo usado entrevistas e a observação do paciente.

Na sessão de lançamento esteve também o presidente do Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, que realçou o forte investimento que o Instituto tem feito na qualificação dos seus docentes, uma situação que faz parte do seu plano estratégico. Frisou, ainda que, apesar dos cortes orçamentais e da redução drástica dos financiamentos, o apoio à qualificação vai manter-se.

 
 
 
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