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Bordado de Castelo Branco na moda de Paris

menina-moda.jpgQuarenta designers mundiais têm vindo a desenvolver acessórios que identifiquem competências tradicionais e culturais que possam ligar-se ao mundo da alta costura. "O objetivo passa por conjugar o design com a arte em acessórios de moda, desde formas mais simples ao ultra sofisticado, de forma a transformar roupas de qualquer estilo", explica Ana Margarida Fernandes, professora da Escola de Artes Aplicadas de Castelo Branco, uma dessas designers.

Acessórios que são desenhados e executados com materiais sustentáveis e que a Semana de Moda de Paris enquadrou agora numa exposição na Galeria Made In Town, Salon Premiére Vision. O convite chegou-lhe porque, recentemente, Ana Fernandes já tinha exposto na capital francesa o fruto do seu trabalho para uma empresa japonesa.

O Bordado de Castelo Branco tem inspirado as suas criações de moda e o certo é que o trabalho desta professora da Escola Superior de Artes Aplicadas albicastrense tem feito caminho. Desde 2012 que tem trabalhado com a indústria japonesa de jeans e o seu trabalho já foi exposto pelas mesmas em Paris. Foi precisamente da capital francesa que lhe chegou este ano um novo desafio que, logicamente, abraçou desde logo e do qual aqui lhe damos conta.

Isabelle Quéhé, a diretora da Associação Universal Love, que lança produtos de designers internacionais no mercado da moda, foi quem desta vez lhe endereçou o convite, sendo a única portuguesa entre os 40 designers internacionais nesta mostra. Como refere ao Ensino Magazine depois de regressar da capital francesa, "deixei agora em Paris a proposta para que esta exposição possa vir a estar patente em território nacional, nomeadamente em Castelo Branco, no mais curto espaço de tempo".

A matéria prima que utilizou na elaboração da peça apresentada em França foi a seda produzida na oficina de seda da APPACDM de Castelo Branco, como faz questão de frisar, e o bordado foi elaborado pela própria designer beirã, tal como o tecido. A peça propriamente dita, como revela, "é um acessório que pode ter várias funções, entre as quais uma «encharpe», um pregador, um simples botão de casaco ou até um acessório têxtil".

Ana Fernandes é, como se disse, docente na Esart, onde trabalha há 14 anos. É natural de Vila Velha de Ródão, Doutorada em Design, com investigação na área do desenvolvimento do têxtil e da moda, pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Toda a sua investigação decorre na área das fibras naturais e é essencialmente assente no bordado de Castelo Branco.

 
Hélder Milhano
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
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