Subfinanciamento da UBI
Conselho Geral reconhece problema
O Conselho Geral da Universidade da
Beira Interior (UBI) reconheceu. Na sua última reunião, realizada
em setembro, o subfinanciamento da instituição, que está na origem
de uma conjuntura que levou a que o reitor, António Fidalgo, não
submetesse o orçamento à Direção Geral do Orçamento.
"Foi feita ao longo da manhã uma longa discussão da realidade
orçamental da universidade e foi reconhecido por todos os membros
do Conselho Geral as condicionantes que foram identificadas, em
particular a realidade que a dotação do Orçamento de Estado para a
UBI é relativamente baixa em relação à média nacional", referiu o
presidente do Conselho, José Ferreira Gomes.
O reitor, que pediu esta reunião, saiu "confortado com a posição
do Conselho Geral de apoio à posição que tomei de cumprir a lei e
de não submeter contas que efetivamente não correspondem à
realidade. Isto é, as receitas têm de estar equilibradas com as
despesas e as condições não estão reunidas para que isso possa
acontecer. Portanto, esse apoio do Conselho Geral à posição do
reitor é o fundamental, é a questão essencial para mim",
afirmou.
António Fidalgo reuniu, a 19 de setembro, com a Comissão de
Educação e Ciência e saiu "muito esperançado que o Parlamento, em
sede de execução e aprovação do Orçamento de Estado para 2018,
contemple a situação da Universidade da Beira Interior". Se assim
não for, "a UBI fica penalizada em 170 mil euros, que são as contas
do ano anterior e a situação fica pior", sublinha. "A situação
piora, mas nós também já estamos a funcionar com milhões a menos",
lembra.
Ainda assim, "há coisas que deixam de ser feitas, há concursos que
não são abertos e precisamos urgentemente de abrir concursos para
professores e funcionários". Ao nível da necessidade de abertura de
concursos para docentes, "a Faculdade de Artes e Letras é a mais
gravosa, bem como Arquitetura".