Mobilidade internacional nas escolas
Setúbal coordena projeto
Representantes do Istituto Istruzione Superiore "G.
Vallauri" (Itália), Palacky University Olomouc (República Checa) e
Agrupamento de Escolas José Saramago, em Palmela, visitaram o
Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) no final de setembro, para
participarem na reunião de arranque do IINTOS - Implementation of
International Offices in Schools, um projeto Erasmus+ (KA2 -
Parcerias Estratégicas), que pretende criar ferramentas para a
implementação de gabinetes de mobilidade internacional nas escolas
básicas e secundárias.
Para além da criação, nos estabelecimentos de ensino, de
estruturas facilitadoras da mobilidade internacional de professores
e alunos, o projeto IINTOS, sob coordenação da Escola Superior de
Educação (ESE) do IPS, propõe-se igualmente alargar o leque de
conteúdos a trabalhar, centrando-se em disciplinas relacionadas com
a Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM).
"Os sistemas de mobilidade implementados estão normalmente
associados a um professor, não existem realmente estruturas, com
ferramentas próprias, e as experiências de intercâmbio estão muito
ligadas ao ensino da língua inglesa. Quisemos, por isso, alargar o
espectro de possibilidades, recorrendo a outros conteúdos que
também são transversais à educação na Europa", explica José Miguel
Freitas, docente da ESE/IPS e coordenador do projeto.
Entre os instrumentos a desenvolver e aperfeiçoar, previsivelmente
até abril de 2020, destacam-se uma ferramenta de análise de
currículos, que permitirá identificar onde os programas europeus se
tocam e podem permitir o intercâmbio; uma plataforma online, onde
os coordenadores internacionais podem contactar entre si, criando
uma agenda de mobilidade para as suas escolas; e, finalmente, um
guia de como implementar um gabinete de mobilidade internacional
numa escola.
Todas estas ferramentas serão testadas por dois estabelecimentos
de ensino, um em Portugal e outro em Itália. "Ambos vão fazer a
prova de conceito, fazendo uso das ferramentas existentes para
realizar uma mobilidade virtual e mobilidades físicas. No final,
dar-nos-ão o feedback para que possamos fazer eventuais ajustes",
informa ainda o docente responsável.