Doença de Machado-Joseph
Aluno do Algarve descobre fármaco
Clévio Nóbrega,
investigador do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR), da
Universidade do Algarve, acaba de publicar na revista Human
Molecular Genetics, o resultado de uma investigação que identificou
um novo fármaco capaz de atrasar a progressão da doença de
Machado-Joseph. Esta doença, de origem genética e incurável,
manifesta-se por uma progressiva perda de controlo nos músculos e
na coordenação motora, provocando atrofia muscular, rigidez dos
membros, dificuldades na deglutição, fala e visão, associadas a um
progressivo dano de zonas cerebrais específicas.
Após diversas experiências, com resultados positivos em modelos
animais, os investigadores avançam agora com importantes revelações
para aquela que parece ser, até ao momento, uma possível opção
terapêutica para esta doença neurodegenerativa que apresenta
especial prevalência nos Açores.
A cordicepina, o fármaco estudado na investigação de Clévio
Nóbrega, já se encontra aprovado, para outros fins, nos Estados
Unidos, pela agência reguladora FDA (Food and Drug Administration),
o que pode acelerar a sua utilização num contexto clínico e
tornar-se uma opção futura no tratamento da doença.