Nova SBE com vista para o mar | Santander parceiro de excelência
Laboratório vivo com talento e inovação
O novo Campus da NOVA SBE, em
Carcavelos, surge como inovador e ousado, arrojado também, criando
um ambiente académico diferente das academias tradicionais. Com
vista para o mar e com uma ligação direta para a praia de
Carcavelos, o novo campus reúne projetos inovadores e parcerias
estratégicas, geradoras de oportunidades, que potenciam o saber e o
empreendedorismo.
O Banco Santander é um dos parceiros de excelência destacados por
Pedro Santa-Clara, presidente da Fundação Alfredo de Sousa e
criador do novo campus. Em entrevista fala também de outros
projetos que estão a ser desenvolvidos com a CUF Saúde ou com a
Jerónimo Martins. O objetivo é que a escola venha a ser uma das
melhores do mundo. O seu campus académico, esse, já o é,
seguramente.
Este é um campus inovador, diferente do que existe no nosso
país. Quais as mais valias para quem aqui aprende e
ensina?
Tentámos construir um campus diferente em várias dimensões. Este
espaço não é apenas uma escola, mas sim uma plataforma de inovação
com empresas e aceleradoras de startups. É um espaço aberto à
comunidade, onde poderemos tirar partido desta localização
extraordinária. Temos o balcão do futuro, do Banco Santander, que
estamos já a desenvolver com os nossos alunos, no sentido de saber
o que vai ser um balcão do futuro na era digital. Com a CUF Saúde
vamos ter um espaço que promove estilo de vida saudável, que vai
para além de um gabinete médico. Com a Cisco e a Microsoft teremos
uma área para experimentar novas tecnologias. Com a Jerónimo
Martins estamos a desenvolver uma loja de conveniência que vai
ensaiar novas tecnologias de pagamento. Isto são exemplos do que
queremos fazer aqui. Ou seja, olhar para a escola como um
laboratório vivo, onde podemos ensaiar novos modelos de negócio e
novas formas de vida em sociedade. A isto tudo juntamos a nossa
localização junto ao mar e o clima maravilhoso que nós temos, para
atrair o melhor talento para aqui estudar.
A escolha do local foi também tido em conta para que a
escola fosse mais atrativa para outros públicos?
Claro que sim. A nossa escola já é muito internacional. Metade dos
nossos alunos são estrangeiros. À medida que a Europa, de forma
muito acelerada, se está a tornar um espaço único de ensino
superior, o nosso espaço de atração é o continente e o mundo. Por
isso, temos que tirar partido de todos os trunfos que temos para
captar talento.
Este projeto tem a particularidade de reunir muito
investimento privado...
A Escola está a ser desenvolvida com o apoio da Câmara de Cascais,
que nos cedeu um terreno único, de 39 empresas, e de mais de 900
pessoas a nível individual, que até à data nos doaram cerca de 42
milhões de euros. O objetivo é chegarmos aos 50 milhões de euros
que pagarão o edifício. Até ao momento não tivemos nenhuma
contribuição do governo para esta obra. É uma escola pública, mas
está a ser feita como uma parceria público-privada, no bom sentido,
em que a Fundação Alfredo de Sousa, privada e sem fins lucrativos,
tem como missão única apoiar a NOVA SBE.
A Fundação é, portanto, a responsável pelo
projeto?
Há duas entidades que andam a par, que são a Fundação Alfredo de
Sousa e a Nova School of Business and Economics, que conjuntamente
prosseguem a sua missão.
E como é que foi possível captar o setor privado para este
projeto. Os bons resultados da Nova SBE são reconhecidos
internacionalmente. Foram esses os fatores
importantes?
A escola tem um reconhecimento extraordinário na sociedade
portuguesa e não só. Quando há cinco anos procurámos apoio junto
das empresas e das pessoas encontrámos uma generosidade incrível e
uma grande vontade em colaborar com a escola. Este processo teve
uma implicação importante, que foi o de abrir a escola para o
exterior. Tradicionalmente as instituições de ensino superior
tendem a ser um bocadinho torres de marfim, fechadas ao mundo.
Neste processo vimo-nos compelidos a acolher e desenvolver
iniciativas com uma série de parceiros, que é o que mais vai
enriquecer este projeto.
Este novo modelo acaba por garantir experiências diferentes
aos alunos muito diferentes das que são disponibilizadas noutras
instituições. Essa é uma vantagem?
Claro. Nós temos um objetivo muito ambicioso, que é o de sermos uma
das melhores escolas de gestão do mundo. Para isso teremos que ser
inteligentes e fazer coisas diferentes. Temos que pensar com
cuidado o que a escola faz, na qualidade de ensino e de
investigação, mas também de toda a experiência de vida que
proporciona aos alunos, de os estimular a serem empreendedores, a
encontrem o seu propósito na sociedade e a tomarem a
responsabilidade de serem parte da escola. E no contacto com todo
este ecossistema da escola, que inclui nossos antigos alunos,
empresas parceiras e o território em que nos incluímos, podemos
desenvolver uma experiência que vai ser extraordinária.
As duas aceleradoras de empresas aqui instaladas vão também
potenciar esse dinamismo?
Temos duas aceleradoras, a nossa própria, e uma que vem de Londres,
porque os sócios gostam de surf e estão fartos de viver na capital
inglesa. Essas aceleradoras vão estar no meio dos nossos alunos, e
essa interação vai ser boa para ambos.
Um dos desafios que se coloca às instituições de ensino
superior é o de formar diplomados para profissões que ainda não
existem. É com este contexto que se pode fazer isso?
Formar para algo que ainda não existe é difícil. Aquilo que
poderemos fazer é criar abertura de espírito, a curiosidade, a
capacidade de trabalhar em conjunto e de comunicar, para diplomar
pessoas que sejam capazes de evoluir em qualquer contexto que o
futuro venha a trazer.