SmartOcean é novo parque em Peniche
Vai nascer em Peniche um Parque de Ciência e Tecnologia do
Mar - smartOCEAN que pretende concretizar o desígnio do mar,
promovendo a exploração sustentável dos recursos marítimos. A
infraestrutura tecnológica de acolhimento empresarial focada na
economia do mar deverá começar a ser construída em 2020, e é um
projeto da Câmara Municipal de Peniche, da Docapesca, do
Politécnico de Leiria e da Biocant.
Trata-se de um projeto estruturante que promoverá a
transferência de conhecimento para o tecido empresarial e a
inovação de base tecnológica. O smartOCEAN permitirá captar e
reter talentos e recursos e gerar inovação sustentável, assumindo o
papel de agente catalisador de uma economia do mar sustentável,
fortemente empreendedora, valorizando economicamente a investigação
aplicada, e tirando vantagem de uma rede colaborativa focada na
inovação amiga do mar e do ambiente.
«Queremos contribuir para a mudança de paradigma
empresarial das comunidades costeiras. O mar não é só fonte de
pescado, e a economia do mar deve ser baseada no conhecimento
e na inovação, com respeito pelos recursos limitados dos oceanos,
numa estreita ligação à investigação e ao desenvolvimento
socioeconómico», explica Sérgio Leandro, coordenador científico do
projeto.
O smartOCEAN permitirá criar uma relação simbiótica entre
o território de Peniche, com uma forte vocação e tradição
marítima, a formação superior nas áreas do turismo e ciência e
tecnologias do mar, na Escola Superior de Turismo e Tenologia do
Mar (ESTM), e da infraestrutura científica do Politécnico de Leiria
dedicada ao mar, o CETEMARES. O projeto tem como missão
diversificar as atividades desenvolvidas nas áreas portuárias, e
dirige se a start-ups e spin-offs na área da economia do mar,
empreendedores e investigadores, e empresários que pretendam tirar
vantagem deste ecossistema de inovação.
O smartOCEAN nascerá em 2020, com 1500 m2, junto ao
edifício CETEMARES, na zona central da cidade de Peniche. Está
desenhado para servir de interface entre os sistemas empresarial e
científico, e será dotado de condições de excelência, em termos
físicos e em equipamentos tecnológico, com vista à incubação de
empresas com atividade no âmbito da aquacultura, biotecnologia,
inovação alimentar, turismo costeiro e tenologias de informação,
comunicação e eletrónica (TICE). Trata-se de um investimento
superior a 3.5 milhões de euros, financiado através de fundos
comunitários e fundos próprios da Associação que irá gerir o
parque.
Pretendem já integrar o smartOCEAN diversas empresas,
nomeadamente a Bitcliq (na área das tecnologia da informação
comunicação e TICE), a SEAentia e a Flying Sharks (ambas na área da
aquacultura), a I&D Food (inovação alimentar/biotecnologia), a
Professional Fish Keepers (aquacultura ornamental), a Bluegrowth
(consultoria), a Domatica (internet of things), a Youseame (turismo
náutico), e o Ocean Tech HUB.