Ministério da Cultura confirma
Docente da Esart dirige Teatro São Carlos
A docente
da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de
Castelo Branco, Elisabete Matos, foi nomeada pelo Ministério da
Cultura para assumir a direção artística do Teatro Nacional de São
Carlos, em Lisboa. A soprano portuguesa sucede a Patrick Dickie que
se demitiu em junho, informou, em nota enviada ao Ensino Magazine,
o Ministério da Cultura.
A nova diretora do Teatro Nacional de São Carlos deverá entrar em
funções no dia 1 de outubro. Elisabete Matos, em declarações à
imprensa, disse pretender "devolver o brilho internacional ao
Teatro Nacional de São Carlos" e acredita poder contribuir para
ultrapassar os problemas que aquela instituição atravessa.
Na nota o Ministério recorda que a soprano Elisabete Matos "ao
longo de mais de 25 anos de carreira internacional atuou nos mais
importantes palcos mundiais. É Professora Adjunta Convidada na
Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco desde 2014 e
desde 2017 diretora Artística do Festival Internacional de Música
Religiosa de Guimarães".
António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo
Branco, mostrou-se satisfeito com a escolha do ministério. "A
professora Elisabete Matos colabora com o Politécnico há vários
anos. Parte do ADN do Teatro Nacional de São Carlos passa a ser da
Esart", disse.
O presidente do IPCB lembra que "têm passado imensos estudantes
nacionais e internacionais pela Esart porque querem trabalhar com a
Elisabete Matos. Para nós é um motivo de orgulho vê-la assumir as
funções de diretora daquele teatro".
No entender de António Fernandes, a escolha da soprano Elisabete
Matos para aquele cargo "vem dar outra visibilidade à Esart. É um
reconhecimento público que temos", disse.
No breve currículo que o Ministério da Cultura disponibilizou está
bem patente o trabalho realizado pela soprano portuguesa. Oficial
da Ordem do Infante D. Henrique e Grã-Oficial da Ordem do Infante
D. Henrique, Elisabete Matos nasceu em Caldas das Taipas,
Guimarães. Estudou canto e violino no Conservatório de Música de
Braga. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para
Espanha, onde completou a sua formação.
Frequentou as melhores salas de concertos mundiais, com um vasto
repertório e com as melhores Orquestras. Atuou nas principais salas
mundiais como a Metropolitan Opera House de Nova Iorque, a Wiener
Staatsoper, Deutche Oper Berlin, o Teatro alla Scala em Milão, a
Washington Opera, a Sttatsoper Hamburg, a Avery Fisher Hall, a Los
Angeles Ópera, o Teatro Nacional de São Carlos, o Teatro Real de
Madrid, a Arena di Verona, o Maggio Musicale Fiorentino, o Gran
Teatre del Liceu de Barcelona, a The Israeli Opera, Teatro
dell'Opera de Roma, Teatro La Fenice, em Veneza, Ópera Nacional du
Rhin, San Carlo di Napoli, China NCPA Beijing, Teatro Regio di
Torino, Opéra de Nice, o Teatro Massimo Bellini de Catania, o
Theatre du Capitole de Toulouse, Teatro Municipal de Santiago de
Chile, Odissey Opera Boston, Vlaamse Opera, Daegu International
Opera, Opera de Lima, Teatro Vittorio Emmanuele di Messina,
Festival di Macerata, Teatro Piccini di Bari, Festival da Madeira,
dos Açores, de Sintra, do Estoril, Festival de Torre del Lago,
Welsh National Opera, entre outros.