Moçambique
Guebuza elogia Mondlane
O antigo
Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, afirmou
este mês, em Maputo, que Eduardo Mondlane se distinguiu sempre pela
sua capacidade de liderança nos movimentos associativos juvenis
tanto na igreja como nos círculos estudantis. A sua obra principal
foi de conseguir congregar as várias tribos e raças através dos
movimentos numa única frente de libertação nacional que conduziu a
luta armada até a conquista da independência nacional.
No seu entender foi por causa disso que Mondlane foi assassinado,
por ter conseguido trazer todos, com ideias diferentes, mas que
almejavam a independência e tomou esse objectivo num centro a volta
do qual os moçambicanos lutavam como elemento para conquistar a
independência.
Falando num encontro intergeracional por ocasião da celebração do
centenário de Eduardo Mondlane, arquitecto da unidade nacional, o
antigo estadista disse que não se pode perguntar o que Mondlane
faria hoje porque aquilo que os moçambicanos queriam que ele
fizesse, ele fez. Referiu que foi a sua direção e visão que levaram
`a conquista da independência do país, por isso, cabe a vez à
actual geração assumir as suas responsabilidades enfrentando os
desafios contemporâneos.
Na ocasião, o Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Orlando
Quilambo, lembrou que, em 1975, aquando da independência nacional a
UEM não tinha meia centena de estudantes moçambicanos. Foi a
decisão sabia de 1 de Maio de 1976 da transformação da Universidade
de Lourenço Marques em Universidade Eduardo Mondlane que está a dar
frutos que hoje se colhem.