Estudo na UÉ
Clima ameaça biodivesidade marinha
Um estudo realizado por Joana Portugal, doutoranda
da Universidade de Évora (UÉ), revela como as alterações climáticas
podem ter impacto na biodiversidade marinha. O estudo explora os
principais padrões globais de biodiversidade marinha e projeta de
que forma estes poderão vir a modificar-se no final do século
devido ao impacto das alterações climáticas.
De acordo com a UÉ, os resultados apontam para a migração
generalizada de espécies para latitudes maiores de forma a
encontrarem refúgio em áreas com uma maior adequação
ambiental.
Sob a orientação de Miguel Araújo, investigador da Universidade de
Évora, Rui Bairrão da Rosa, Professor Auxiliar do Departamento de
Biologia Animal da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa
(FCUL) e de François Guilhaumon, Investigador do Instituto de
Pesquisa para o Desenvolvimento, em França, a doutoranda Joana
Portugal analisou dados de diversas áreas para tentar compreender a
distribuição probabilística de 125 espécies de lagosta, 161
espécies de cefalópodes, e 103 espécies de pequenos peixes
pelágicos, considerados exemplares de elevado interesse
económico.
O seu trabalho, pioneiro na abordagem macro ecológica com que
abordou estes problemas em ambientes marinhos, servirá de
orientação para implementar estudos pormenores em áreas ou espécies
identificadas como de risco face às alterações climáticas
iminentes. Num futuro próximo, Joana Portugal tenciona aplicar esta
abordagem a espécies ameaçadas na costa portuguesa, e incluir
parâmetros fisiológicos que permitam tornar as projeções criadas
mais precisas.