Escola

Início do ano escolar acarreta despesas
Falta ordenado para os livros

regressoaulas2.jpgTodos os anos a história repete-se. Terminadas as férias, as famílias com filhos em idade escolar, começam a fazer contas à vida. Para as crianças e os jovens é a alegria de regressar à escola com novos materiais e vontade de os mostrar. Para os pais veêm as dores de cabeça. O dinheiro não chega para tudo.

Nalguns casos 700 euros não são suficientes para a aquisição de manuais escolares e o restante material necessário. Numa família que tenha dois filhos a estudar, um no 7º ano, e outro no 10º, são gastos só em livros cerca de 540 euros (260, no 7º ano + 280, no 10º). Um valor que pode ser superior, pois as editoras lançaram também outros conteúdos que podem ser adquiridos em separado. O preço desses conteúdos pode significar cerca de mais 100 euros. 

Mas voltando às contas daquela família. Se aos 540 euros juntarmos os conteúdos extra, ficamos com a soma em 640 euros.

A este valor teremos que acrescentar todo o restante material didático. É que cada um dos filhos necessita de cadernos, de canetas, lápis, borracha e mochilas. Para aquele material há várias opções. As grandes superfícies lançaram campanhas, onde surgem os kits escolares económicos, onde é possível adquirir uma mochila, oito esferográficas, quatro lápis, tesoura, borrachas, estojo, dois tubos de cola e um apara lápis. A conta subirá, porque são necessários cadernos e um não chega para quem estuda a partir do 2º ciclo. Aí é conveniente ter um caderno para cada disciplina, pelo que há que multiplicar o valor do caderno escolhido pelo número de disciplinas. Neste caso há cadernos desde cerca de 1 euro até aos 4 euros.

É evidente que na entrada do novo ano letivo todas as contas são preciosas, mas muitas vezes cede-se à vontade dos filhos e em vez dos kits económicos a opção vai para outros materiais. As mochilas podem chegar aos 50 euros, mas também as há a partir de dois euros. O mesmo sucede com todo o restante material escolar que fora desses pacotes económicos apresentam preços mais elevados.

Prosseguindo as contas da família com os dois filhos, e tendo em consideração que são pelo menos necessários em média 8 cadernos para cada um dos filhos, obtemos um total de mais 46 euros, aos quais se juntará ainda o valor dos lápis, canetas, borrachas e todo o outro material indispensável, numa média de mais 10 euros.

A soma vai, portanto, em 746 euros (640 euros de livros e conteúdos extra + 46 euros de cadernos +10 material diversos como canetas, borrachas etc + 50 euros das mochilas). É óbvio que é possível fazer uma redução neste orçamento se se optar exclusivamente pelos pacotes económicos (só aqui é possível poupar 30 ou mais euros nas duas mochilas/troleys).

Aquele valor médio pode ainda ser aumentado, caso sejam necessários noutros materiais didáticos, como uma gramática (12 euros) e os dicionários de língua estrangeira (a partir de 8 euros) e portuguesa (a partir de 5,31 euros), o que aumentará a conta para 771,31 euros. Em suma, aquela família, que possui dois filhos a estudar terá que desembolsar quase 800 euros no início de setembro.

O setor da informática deve ser tido em conta. Hoje em dia, muitos dos trabalhos escolares exigem pesquisas na internet e até uma apresentação mais evoluída do que os tradicionais manuscritos.

Ter um computador em casa acaba por constituir uma necessidade e para muitas famílias o recurso ao crédito é uma opção. Por exemplo um computador portátil razoável poderá custar cerca de 400 euros.

A compra dos manuais escolares é uma dor de cabeça para a maioria das famílias.

Os livros variam entre os 38 e os 50 euros (para os três livros do 1º ciclo), entre os 130 e os 150 euros (para os livros obrigatórios do 2º ciclo), entre os 190 e os 260 euros (para o 3º ciclo), entre os 200 e os 290 euros (para 10º e 11º anos) e os 130 euros (12º ano - aqui são menos livros).

 
Cartoon - Sílvio Mendes
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
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