Entrevista

Denis Filipe
A Voz de Twist & Bend

capa_copy1.jpgDenis Filipe é filho de um músico, cresceu com o Rock, pisou o palco muito cedo e nunca mais parou. Venceu o concurso de televisão A Voz de Portugal e, um ano depois, acaba de lançar o primeiro disco, Twist & Bend. O álbum foi produzido por Armando Teixeira dos Balla, tem o selo da Universal Music Portugal e está aí para Portugal ouvir.

Lançar este disco é o concretizar de um sonho antigo?

Pode-se dizer que sim. Acho que todos os artistas sonham com isso, poder mostrar algo deles e editar um disco.

A música é algo que faz parte do ADN familiar. Está nas veias e veio ao de cima…

Sim. Entrei na música e tomei o gosto pela música, por influência do meu pai. Se ele não fosse músico, não sei se estaria nesta carreira. É algo que faço desde muito novo, pisei o palco tinha 13 anos e nunca mais parei. Foram muitos fins de semana sempre a tocar. A estrada é o palco da minha vida e agora espero vir a atuar com músicas minhas, finalmente. Vamos lá ver como é que corre.

Participou em programas televisivos. Como é que foi essa experiência?

D09_copy1.jpgFoi a primeira vez que participei e foi n` A Voz de Portugal. Foi uma boa experiência, onde aprendi coisas que, seguramente, vou precisar. Essencialmente, o facto de estar em direto a cantar, com milhares de pessoas a ver, e controlar melhor a pressão e os nervos. Na estrada e nos palcos, que estou acostumado a tocar, já não sentia nervos. No programa voltaram e era uma sensação boa, já não me sentia assim há muito tempo. Mas, por outro lado é mau, porque nos impede de fazer uma atuação perfeita.

Como foram os últimos tempos de preparação de vídeos, o trabalho em estúdio e, depois, o concretizar desse objetivo?

Foram meses um bocado apagados. O meu contato fora de casa e as atuações estavam a reduzir, estive no meu estúdio caseiro quase um ano. Depois de tanto trabalho e de tanto pensar nisto, o produto está cá fora. É um alívio. Agora é esperar e ver o que acontece.

No alinhamento deste registo há alguma música especial para si?

Posso dizer que sim. O tema que dá nome ao álbum, certamente, é especial. É um tema que fiz há cerca de três anos. Foi a partir dele que percebi para onde queria seguir. Foi uma das razões que me levou a chamar Twist & Bend ao álbum.

A sonoridade do disco esta definitivamente ligada ao Rock. É o estilo musical com o qual mais se identifica?

DENIS_COVER1.jpgO Rock sempre foi o que me fez entrar na música, mas este álbum não é só Rock. Quis inovar um bocado e fui buscar outros estilos e fundi com o rock: Blues, Jazz, R&B, Soul e um bocado de Pop. Agarrei nestas vertentes e moldei à minha maneira, de modo a criar algo que inovasse, que me caracterizasse. Mas não queria sair de uma sonoridade mais Vintage. Pode-se dizer sobre este álbum que é de fusão, funde Rock com outros estilos e o moderno com o Vintage.

Para um músico como é o desafio de misturar Blues, R&B, Rock tudo no mesmo caldeirão?

É sempre complicado, mas realmente é um desafio. Queremos fazer algo de novo, mas estamos a pensar que o ouvinte pode não gostar da mistura, gostar mais do R&B, ou do Soul ou dos Blues. Não gostar da maneira como fiz a fusão. Mas acho que leva um selo de qualidade e não vai desagradar a ninguém.

Para o verão de 2013, já há muitas iniciativas agendadas para mostrar ao vivo este trabalho de estreia?

Por enquanto não tenho nada agendado. O álbum acabou de sair e é mais complicado. Quero começar por fazer a promoção do álbum ao vivo em Fnac`s. Dar um cheirinho do que serão os concertos. Basicamente, é isso que quero, para já. Mas estou recetivo a cumprir calendário e a fazer concertos. Venham eles.

Tem muita vontade de ir para estrada pisar os diversos palcos de Norte a Sul e mostrar as suas canções ao público português?

Sim, estou mesmo ansioso por essa fase. Ir aos palcos é uma fase que gosto bastante, de tocar e envolver-me com o público. Estou ansioso que venha o primeiro concerto.

Para este ano de 2013 ainda há mais projetos para concretizar dentro da música?

Por enquanto seria conseguir mostrar o álbum em concertos, seja em Portugal, ou seja fora. Será o próximo passo e é aquilo que quero fazer.

É uma altura meio complicada para conseguir impor um projeto novo no panorama musical português. A crise e todas as circunstâncias à volta acabam por dificultar quem está em início de carreira. Concorda?

Concordo. Cada vez há menos concertos e cada vez há menos dinheiro para gastar na cultura.

É um ponto que me assusta, mas como artista não vou desistir, tenho de trabalhar três vezes mais.

Há uma grande dinâmica para impor a sua carreira, dar a conhecer os seus temas e obter notoriedade como artista a solo?

Quero muito isto. Tenho uma grande ansiedade de me poder mostrar como artista. Até aos dias de hoje nunca o pude fazer. Há poucas pessoas que ouviram os meus temas originais. Hoje, toda a gente pode aceder a um CD meu, pode comprar no iTunes. Estou certo que isto começa a ganhar outras dimensões.

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