Amor Electro
A máquina fez-se à estrada
A digressão dos
Amor Electro tem conduzido a banda portuguesa por todo o território
nacional. Com dois álbuns na bagagem, que unem modernidade e
tradição, a banda de «A Máquina (acordou)» e «Só é Fogo se Queimar»
é um caso cada vez mais sério.
O
verão dos Amor Electro está a ser passado na estrada, com concertos
de norte a sul do país e nas Ilhas. É algo que vos
entusiasma?
Sim, o que queremos é que as
pessoas, naquele momento, estejam concentradas apenas em música e
em boas energias. O nosso objetivo é acima de tudo fazer uma grande
festa, que haja uma boa comunicação entre nós e o publico.
Qual
tem sido o alinhamento?
O alinhamento que estamos a
apresentar ao vivo consiste numa junção dos dois discos de Amor
Electro, com alguns temas novos e algumas versões. É um alinhamento
acima de tudo virado para criar um ambiente de festa, sobretudo
quando são concertos ao ar livre.
Os
Amor Electro editaram dois discos e apresentam já algumas canções
novas. Está em perspetiva o terceiro álbum?
Sim, a nossa esperança é que
o disco saia no próximo ano, provavelmente nos primeiros meses.
Neste momento estamos focados na composição de novas canções e nos
concertos agendados até ao final do verão. Vamos ter a oportunidade
de estar perto das pessoas e das nossas músicas se tornarem ainda
mais próximas delas. Estamos entusiasmados com a ideia de percorrer
o país, ao mesmo tempo que trabalhamos no terceiro disco. Já temos
algumas coisas pensadas e outras feitas.
A
sonoridade deste terceiro disco vai na linha condutora dos
anteriores. Ou prometem, como dizia o título do segundo álbum, uma
"revolução"?
Os Amor Electro têm um fio
condutor desde o início. Consiste na combinação das nossas
influências e de vários estilos musicais. É um conceito de que não
abdicamos, porque não faria sentido mudarmos agora radicalmente. O
primeiro disco foi mais pop, o segundo mais rock, mas sempre dentro
do universo Amor Electro. Este terceiro continuará dentro do mesmo
universo, mas com naturalidade e criatividade, seguirá o seu
próprio caminho. É deixar a coisa rolar, o importante é que o disco
seja genuíno nesse aspeto.
A música eletrónica
está na moda. Haverá incursões nesse sentido?
Não temos preconceitos em
relação a nada. Podemos abordar a música eletrónica, mas à nossa
maneira. Ou seja, pegar em algumas influências que achamos
interessantes e acoplá-las ao nosso universo. Um dos aspetos que
mais distingue a sonoridade da banda é a união da eletrónica com o
tradicional. Mas não sentimos a obrigatoriedade de seguir uma
tendência ou uma moda.
Os
dois primeiros álbuns tiveram muito sucesso. Satisfeitos com o
balanço final desse segundo disco?
Obviamente que sim. Um dos
nossos objetivos é chegar com a nossa música ao máximo de pessoas
possível, e os resultados estão à vista.
Recentemente participaram com uma música na banda sonora de
uma novela da SIC. Como surgiu essa oportunidade?
Surgiu do sucesso de uma
primeira parceria entre a SIC e os Amor Electro, numa novela com
alguns anos, chamada «Rosa Fogo». A canção «A Máquina (acordou)»
foi utilizada no genérico dessa novela. O trabalho correu
excecionalmente bem. Por isso, surgiu o convite para fazer o
genérico de outra novela, «Mar Salgado». Não temos preconceitos em
relação a isso. E, mais uma vez, correu acima das expetativas. Foi
um casamento perfeito.
E o
que se segue agora?
Agora, além da tournée,
estamos concentrados em preparar o terceiro disco. Em fazer as
melhores musicas que podemos, gravá-las com tempo e promovê-las. Há
sempre uma vontade tremenda de fazer novos temas para, depois,
partilhá-los com as pessoas.
Hugo Rafael
Texto: Tiago Carvalho
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