Entrevista

Amor Electro
A máquina fez-se à estrada

big_1405963762.jpgA digressão dos Amor Electro tem conduzido a banda portuguesa por todo o território nacional. Com dois álbuns na bagagem, que unem modernidade e tradição, a banda de «A Máquina (acordou)» e «Só é Fogo se Queimar» é um caso cada vez mais sério.

O verão dos Amor Electro está a ser passado na estrada, com concertos de norte a sul do país e nas Ilhas. É algo que vos entusiasma?

Sim, o que queremos é que as pessoas, naquele momento, estejam concentradas apenas em música e em boas energias. O nosso objetivo é acima de tudo fazer uma grande festa, que haja uma boa comunicação entre nós e o publico.

Qual tem sido o alinhamento?

O alinhamento que estamos a apresentar ao vivo consiste numa junção dos dois discos de Amor Electro, com alguns temas novos e algumas versões. É um alinhamento acima de tudo virado para criar um ambiente de festa, sobretudo quando são concertos ao ar livre.

Os Amor Electro editaram dois discos e apresentam já algumas canções novas. Está em perspetiva o terceiro álbum?

Sim, a nossa esperança é que o disco saia no próximo ano, provavelmente nos primeiros meses. Neste momento estamos focados na composição de novas canções e nos concertos agendados até ao final do verão. Vamos ter a oportunidade de estar perto das pessoas e das nossas músicas se tornarem ainda mais próximas delas. Estamos entusiasmados com a ideia de percorrer o país, ao mesmo tempo que trabalhamos no terceiro disco. Já temos algumas coisas pensadas e outras feitas.

 

A sonoridade deste terceiro disco vai na linha condutora dos anteriores. Ou prometem, como dizia o título do segundo álbum, uma "revolução"?

Os Amor Electro têm um fio condutor desde o início. Consiste na combinação das nossas influências e de vários estilos musicais. É um conceito de que não abdicamos, porque não faria sentido mudarmos agora radicalmente. O primeiro disco foi mais pop, o segundo mais rock, mas sempre dentro do universo Amor Electro. Este terceiro continuará dentro do mesmo universo, mas com naturalidade e criatividade, seguirá o seu próprio caminho. É deixar a coisa rolar, o importante é que o disco seja genuíno nesse aspeto.

multimedia.jpgA música eletrónica está na moda. Haverá incursões nesse sentido?

Não temos preconceitos em relação a nada. Podemos abordar a música eletrónica, mas à nossa maneira. Ou seja, pegar em algumas influências que achamos interessantes e acoplá-las ao nosso universo. Um dos aspetos que mais distingue a sonoridade da banda é a união da eletrónica com o tradicional. Mas não sentimos a obrigatoriedade de seguir uma tendência ou uma moda.

Os dois primeiros álbuns tiveram muito sucesso. Satisfeitos com o balanço final desse segundo disco?

Obviamente que sim. Um dos nossos objetivos é chegar com a nossa música ao máximo de pessoas possível, e os resultados estão à vista.

Recentemente participaram com uma música na banda sonora de uma novela da SIC. Como surgiu essa oportunidade?

Surgiu do sucesso de uma primeira parceria entre a SIC e os Amor Electro, numa novela com alguns anos, chamada «Rosa Fogo». A canção «A Máquina (acordou)» foi utilizada no genérico dessa novela. O trabalho correu excecionalmente bem. Por isso, surgiu o convite para fazer o genérico de outra novela, «Mar Salgado». Não temos preconceitos em relação a isso. E, mais uma vez, correu acima das expetativas. Foi um casamento perfeito.

E o que se segue agora?

Agora, além da tournée, estamos concentrados em preparar o terceiro disco. Em fazer as melhores musicas que podemos, gravá-las com tempo e promovê-las. Há sempre uma vontade tremenda de fazer novos temas para, depois, partilhá-los com as pessoas.

Hugo Rafael
Texto: Tiago Carvalho
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