Entrevista

Luísa Sobral
O importante é sermos verdadeiros

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O sucesso na Eurovisão não subiu à cabeça de Luísa Sobral. Para a cantora e compositora, o que importa é cantar a verdade.

Depois do sucesso de «Amar pelos Dois», composta por ti e interpretada pelo teu irmão Salvador, tens levado aos palcos nacionais um novo disco, «Rosa». Como tem sido?
É verdade. Ando muito emocionada por tocar o novo disco em palco! É todo em português e noto que isso faz com que as pessoas se liguem mais rapidamente às minhas letras. Ao mesmo tempo, as novas canções são muito emotivas para mim, por isso, tem sido muito bonito partilhar este disco ao vivo.

Qual tem sido o feedback?
Tem sido muito bom, em particular ao vivo, que era o maior desafio. Era importante passar o disco para o palco e eu estava curiosa para ver a reação das pessoas à nova formação que me acompanha, que é constituída por outro guitarrista e três sopros - uma formação que nunca tinha usado.

Após a vitória na Eurovisão da Canção de 2017, sentiste expectativas mais elevadas para o teu novo disco?
Não ligo muito a essas coisas. Não faço música a pensar naquilo que as pessoas esperam de mim. Tenho confiança no meu trabalho e, simplesmente, faço aquilo que sinto na altura. É provável que as pessoas estivessem mais atentas ao que eu ia fazer agora, mas não penso muito nisso. Mesmo em relação ao Festival da Canção, eu escrevi o «Amar pelos Dois» sem expectativas nenhumas… e aconteceu o que aconteceu.

O importante é fazeres o que sentes?
Claro! E é isso que chega às pessoas. O sucesso das canções é muito imprevisível, por isso nem vale a pena pensar nessas coisas. O importante é sermos verdadeiros.

E essa verdade nota-se no «Rosa»...
Sim. O produtor Raül Refree tirou o melhor de mim neste novo disco. Teve um papel muito importante no resultado final.

As novas canções revelam um pouco da vida da Luísa, por exemplo, o single «O Melhor Presente».
Inicialmente tive dúvidas sobre se deveria colocar essa canção no álbum, porque fala muito da minha vida. Mas a verdade é que rapidamente a canção passou a ser de outras pessoas que também têm irmãos e filhos. Por outro lado, não estou propriamente a expor os meus filhos com essa canção. A beleza é que a mesma história pode ter igual ou diferentes interpretações.

Sinto que a sonoridade entre os vários discos mantém-se. Concordas?
Este disco tem um lado menos jazzístico. É a evolução natural das coisas e tem a ver com o que vou ouvindo. Amanhã até posso voltar a ouvir novamente mais jazz, e pode refletir-se em novos trabalhos. Por isso, acho que a sonoridade mantém-se com algumas diferenças.

E agora é correr o país em concerto?
Sim! Gosto muito de partilhar estas canções em palco. Estou muito satisfeita

Ricardo Coelho (Rádio Castelo Branco)
Edição de Texto: Tiago Carvalho
Facebook oficial de Luísa Sobral
 
 
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