América festeja morte de Bin Laden
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou domingo
à noite (hora local) que o chefe da Al-Qaida, Osama bin Laden, foi
morto no Paquistão por serviços especiais norte-americanos.
"Esta noite, estou em condições de anunciar aos americanos e ao
mundo que os Estados Unidos realizaram uma operação que matou Bin
Laden, o dirigente da Al-Qaida, um terrorista responsável pelo
assassínio de milhares de inocentes", afirmou Obama numa declaração
solene feita na Casa Branca.
Barack Obama precisou que o chefe da Al-Qaida foi morto numa
troca de tiros numa residência em que a presença de Bin Laden tinha
sido detetada em agosto passado.
Nenhum americano ficou ferido na operação, adiantou Obama,
esclarecendo que os Estados Unidos tinham em seu poder o corpo do
"inimigo".
Entretanto, centenas de pessoas reuniram-se no local onde existiam
as torres gémeas (Ground Zero), destruídas no ataque terrorista de
11 de setembro de 2001, e em Times Square, no coração de Manhattan,
para comemorar o anúncio da morte de Bin Laden. Pouco depois da
meia-noite, hora local, as ruas encheram-se de pessoas no centro da
cidade, com bandeiras norte-americanas e em festejos generalizados
pelas principais artérias da cidade, após o discurso do presidente
Barack Obama em que anunciou a morte de Bin Laden, o terrorista
mais procurado pelos Estados Unidos.
Os bombeiros foram dos primeiros a chegar ao local onde costumavam
estar as torres gémeas, com um camião de socorro, e têm observado a
multidão a crescer, de acordo com o testemunho de um deles.
"Demorou dez anos", disse à AFP o capitão Patrick McLead dos
bombeiros de Nova Iorque junto a Times Square.
"Depois das perdas e da tragédia, podemos finalmente ser felizes
novamente. Esperemos que isto permita pôr termo ao conflito
incluindo com os muçulmanos", acrescentou. Mais a sul da cidade,
centenas de pessoas continuam a afluir ao Ground Zero, de acordo
com as imagens transmitidas pelas televisões americanas.
E se a América festeja, a Rússia saudou também a morte de
Osama Bin Laden, os êxitos sérios dos Estados Unidos no combate ao
terrorismo e propôs a Washington o reforço da cooperação na luta
contra o terrorismo internacional."A Rússia foi dos primeiros
países a enfrentar os perigos trazidos pelo terrorismo global e,
infelizmente, sabe o que na realidade é a Al-Qaeda", declarou um
porta-voz do presidente russo, Dmitri Medvedev, a propósito da
notícia da morte de Bin Laden."Todos os terroristas serão
obrigatoriamente castigados", frisou a mesma fonte, citada pelas
agências russas.
O Kremlin sublinha também que só a luta conjunta contra o
terrorismo global dará resultados."A Rússia está pronta a aumentar
essa cooperação", conclui a mesma fonte.
As autoridades russas ordenaram entretanto o reforço da segurança
da Embaixada dos Estados Unidos na capital russa.
Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico