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Desafio lançado a universidades e politécnicos
Como poupar energia

Como Poupar EnergiaOs alunos, professores e funcionários das universidades e politécnicos portugueses são chamados a participar num concurso para encontrar projetos inovadores que reduzam os consumos de energia em edifícios, a começar nas construções do ensino superior. 

"Os edifícios são dos setores em que se consome mais energia e para atingir um dos objetivos da União Europeia em termos ambientais, que é reduzir até 2020 o consumo energético em 20 por cento através da eficiência, [é necessário] um grande esforço", disse hoje à agência Lusa Carlos Silva, do MIT Portugal.

No entender daquele responsável, a rede de ensino universitário (15 instituições) e politécnico (19 instituições), aos quais é dirigido o desafio, "tem o ecossistema perfeito para liderar esse processo", acrescentou.
O concurso "Green Campus - Desafio Eficiência Energética no Ensino Superior", que é hoje apresentado em Lisboa, é uma iniciativa do IN+ - Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento do Instituto Superior Técnico e do MIT Portugal, com o apoio da Inteli e da Self Energy e financiamento da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos).

Carlos Silva explicou que "a ideia foi criar um concurso nas universidades portuguesas em que alunos, funcionários e docentes se pudessem envolver na conceção de um plano de racionalização e eficiência energética" em alguns edifícios de campus universitários, criando um movimento de disseminação do conhecimento de boas práticas a outros edifícios.

A fase de constituição de equipas, que devem ser multidisciplinares, juntando alunos de áreas como engenharia, economia, design ou sociologia, decorre até setembro, período em que as universidades escolhem os melhores edifícios para servir de caso de estudo.

As equipas vão participar em sessões de trabalho com especialistas em eficiência energética com o objetivo de terem acesso a conhecimentos sobre a área. "Os critérios de avaliação do que será o melhor plano têm uma série de indicadores, como o potencial estimado de poupança, custos associados, implementação de medidas e inovação", avançou o responsável.

Nos primeiros três ou quatro meses do próximo ano, as equipas selecionadas devem apresentar um plano que deve contemplar as vertentes técnica e comportamental e em maio será realizada a avaliação e atribuídos cinco prémios.

Com "aplicação de tecnologias e mudança de comportamentos, as estimativas apontam para a possibilidade de conseguir poupanças de cerca de 20 por cento" nos edifícios, referiu Carlos Silva.

Vários estudos demonstram que o setor público, que tem muitos edifícios, poderia obter uma redução de consumos energéticos "muito significativa", sem que afetasse o conforto dos utilizadores, refere uma informação da organização do concurso.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

 
 
 
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