Construir novas engenhariasa
Palavra da Ordem
Apostar na formação com
qualidade é o futuro dos cursos de Engenharia Civil. Esta é uma das
principais conclusões do ciclo de conferências promovidas pelo
Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura e Núcleo de Alunos
de Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior, que decorreu
em Março, tendo como objectivos analisar o estado do ensino, das
saídas profissionais e da investigação em Portugal, neste
domínio.
João Lanzinha, vice-presidente da
Faculdade de Engenharia e um dos responsáveis pelo curso de Civil,
lembra toda a história desta formação, "que passou já por uma forte
consolidação, quer ao nível do número de vagas quer na relação com
os parceiros". O Curso de Civil está implementado no contexto
nacional. Contudo existe um conjunto de instituições que "cresceram
de forma desregulada e que não vão ser sustentáveis, daí que o
reordenamento da rede e o repensar das vagas a nível nacional sejam
temas sobre os quais se deveria debater".
O curso de Engenharia Civil da UBI,
um dos mais antigos e emblemáticos da instituição, "está hoje
plenamente reconhecido por todos". Tal acaba por resultar "de um
trabalho contínuo onde a aposta na qualidade e na exigência se têm
revelado como fatores essenciais para alcançar este mesmo
reconhecimento. A título de exemplo veja-se o caso dos alunos que
temos entre nós num momento em que, na área, tanto se fala em
internacionalização. Há muito que temos aqui alunos vindos dos mais
diversos pontos do mundo, como Brasil, Angola, Cabo Verde,
Moçambique e Ucrânia, entre outros. Quanto aos engenheiros que
conseguem aqui a sua formação, estão espalhados por todo o mundo,
desde Inglaterra a Angola, passando por Argélia e Brasil, entre
outros".
Quem parece seguir neste sentido é
Carlos Matias Ramos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, que
sublinhou o papel relevante que a academia tem desenvolvido para
promover um dos melhores cursos de Engenharia Civil do País. A
aposta na qualidade "é a solução para alguns males do ensino",
referiu.