Universidade – Empresa
UBI lidera projeto
A Universidade da Beira Interior é uma das sete
instituições de ensino superior portuguesas envolvidas no concurso
Prototransfer, que visa o desenvolvimento de 21 novos produtos ou
serviços prontos para serem comercializados em janeiro de 2015. Os
protótipos já foram escolhidos, num encontro da Rede de
Transferência de Conhecimento, realizado na Universidade da Beira
Interior (INESPO II). A base dos produtos serão investigações
desenvolvidas em instituições de ensino superior de Portugal e
Espanha.
No total foram apresentadas 56
propostas em áreas como as ciências farmacêuticas, biomédicas e
biotecnologia, tecnologias da informação e comunicação, engenharias
têxtil, geológica, agrícola e florestal, ecossistemas e até
psicologia.
"São muito interessantes. Todos
eles procuram a transferência de conhecimento entre a universidade
e as empresas", considerou Maria José Silva, docente da UBI ligada
ao projeto, que dá um exemplo de um novo produto que pode sair do
trabalho que vai ser realizado nos próximos meses: "Um dos
protótipos é um creme anticelulite que se pretende que hidrate e
tenha propriedades muito benéficas em termos de cosmética e beleza,
mas também para a saúde. É um que se destaca de imediato, mas há
outros muito aliciantes".
Eva Maestro, coordenadora da
iniciativa, admite que os parceiros gostariam de "premiar mais
alguns", mas não foi possível devido ao que tinha sido estabelecido
inicialmente. "Surpreendeu-nos a qualidade de muitos deles", disse
a representante da Universidade de Salamanca, que lança já o
desafio aos participantes: "Agora começa o trabalho e os premiados
têm que nos demonstrar de que são capazes de tudo isso e que aquilo
que está no papel pode ser desenvolvido. Esperamos daqui a um ano
ter os resultados".
Aos vencedores do concurso é
atribuído um prémio de 1500 euros e o apoio das universidades ao
nível da consultoria, entre outros. "Pensamos que o valor não era
tão atrativo, mas o número de candidaturas que tivemos, num prazo
bastante estrito, também mostra que há muita falta de financiamento
para investigação em Portugal e Espanha", salienta Maria José
Silva.